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    Manifesto pede 'expulsão com desonra' dos militares que participaram do plano de assassinato de Lula

    De acordo com o documento, militares participaram de um "plano perverso de assassinato" do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes

    Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno (ex-ministro do GSI) e militares (Foto: Fernando Frazão - Agência Brasil)

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    247 - Foi lançado na internet o abaixo-assinado pedindo "expulsão com desonra", para cobrar a expulsão de militares bolsonaristas indiciados no inquérito da Polícia Federal sobre o plano golpista, que tinha como objetivo pedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que em 2022 teve seus votos confirmados pelo Tribunal Superior Eleitoral. 

    A PF indiciou 37 pessoas - 25 foram militares. Entre os fardados, 24 são do Exército. De acordo com o manifesto, militares participaram de um "plano perverso de assassinato" do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do atual ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. 

    No documento, os signatários afirmaram que o inquérito golpista é "uma oportunidade única para a República afirmar na prática os princípios e fundamentos estampados em sua Constituição, com a punição exemplar desses vilões disfarçados de soldados". "Com todo o devido respeito aos direitos à ampla defesa e ao contraditório, deve-se combater a impunidade com medidas imediatas".

    Veja a íntegra: 

    Nas últimas semanas, a sociedade brasileira assistiu estarrecida às revelações trazidas a público pela Operação Contragolpe, da Polícia Federal, em que militares de alta patente foram implicados num plano perverso de assassinato do então presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin e do ministro presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. Em seguida, vieram a público os indiciamentos de 25 oficiais das Forças Armadas como responsáveis por um vergonhoso plano de execução criminosa de um golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

    Militares que juraram defender a Pátria, ao contrário disso tramaram contra a Nação e chegaram a um passo da extinção do Estado Democrático de Direito por meio de assassinatos, terrorismo e sedição. Mais do que a ignomínia de enlamearem suas fardas e as Forças Armadas, traíram a confiança de quem lhes custeou carreira e casa, assistência e formação, amparo e armas. Em síntese, os “mocinhos” eram os bandidos.

    A horrorosa trama vinda a público é, no entanto, uma oportunidade única para a República afirmar na prática os princípios e fundamentos estampados em sua Constituição, com a punição exemplar desses vilões disfarçados de soldados. Com todo o devido respeito aos direitos à ampla defesa e ao contraditório, deve-se combater a impunidade com medidas imediatas.

    Exigimos, portanto:

    1) Abertura imediata de processos administrativos disciplinares sancionatórios contra todos os militares mencionados nos inquéritos da Polícia Federal como responsáveis por atentados contra o Estado Democrático de Direito;

    2) Suspensão imediata dos soldos, proventos e demais regalias de todos os militares da ativa ou da reserva envolvidos nas conspirações antidemocráticas, incluídos serviços de financiamento e de saúde e quaisquer outros benefícios;

    3) Cancelamento imediato e subsequente recolhimento de todas as insígnias, galardões e comendas associadas ao exercício da função militar pertencentes ou outorgadas a todos os agentes envolvidos nos atos investigados pela Polícia Federal que resultaram em indiciamentos criminais dirigidos ao exame da Procuradoria Geral da República;

    4) Extinção da organização terrorista em que, na prática, se tornou o Batalhão de Forças Especiais, sem que disso resulte qualquer direito remanescente aos seus integrantes, determinando-se sua reconfiguração funcional e doutrinária;

    5) Que tais militares sejam integralmente responsabilizados pela Advocacia Geral da União nas ações de ressarcimento dos danos causados ao erário ao como consequência dos atos golpistas fomentados por oficiais das Forças Armadas.

    Assinam:

    Adhemar Mineiro

    Anivaldo Padilha

    Antonio Carlos Porto Júnior

    Aparecida Neri de Souza

    Arlete Moyses Rodrigues

    Boaventura de Souza Santos

    Carlos Eduardo F. da Silveira

    Clemerson Cléve

    Eduardo Surian Matias

    Eleonora Meneccuci

    Francisco Fonseca

    Francisco Sierra Cabalero

    Frei Betto

    Gabriela Caramuru

    Gisa Nara Maciel Machado da Silva

    Gisele Cittadino

    Jessé Souza

    João Ricardo Dornelles

    Jordão Horta Nunes

    José Carlos Moreira da Silva Filho

    José Eymard Loguércio

    José Geraldo de Sousa Jr.

    Liszt Vieira

    Luis Nassif

    Luiz Gonzaga Belluzzo

    Magda Barros Biavaschi

    Marcelo Auler

    Marcelo Manzano

    Marcelo Neves

    Márcia de Paula Leite

    Marcio Pochmann

    Marco Aurélio de Carvalho

    Marco Mondaini

    Maria Frô

    Maria José Rosado-Nunes

    Marília Guimarães

    Mauro José Auache

    Mauro Menezes

    Miguel do Rosário

    Mirian Gonçalves

    Najla Passos

    Nasser Ahmad Allan

    Nilo Beiro

    Normando Rodrigues

    Ricardo Berzoini

    Rodrigo Vianna

    Rogerio Dultra

    Roberto Leher

    Rubens Soares Vellinho

    Tatiana Oliveira

    Vera Lúcia Navarro

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