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    Militares tentam culpar governo Lula pelo terrorismo de 8 de janeiro

    Apesar de tentar culpar Lula, relatório aponta para militares do GSI remanescentes do governo Bolsonaro, indicados pelo general Augusto Heleno

    Lula, militares e os atos terroristas bolsonaristas de 8 de janeiro (Foto: ABR)
    Guilherme Paladino avatar
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    247 - A conclusão do inquérito policial militar instaurado para investigar a conduta dos militares do Exército durante os atentados terroristas bolsonaristas de 8 de janeiro tenta livrar as tropas de culpa pelas invasões e atribui "indícios de responsabilidade" ao governo Lula, informa a Folha de S. Paulo. Inquérito militar culpa generais aliados de Jair Bolsonaro (PL) e do ex-minisrto do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, mantidos no Planalto no início administração petista.

    A investigação foi conduzida pelo coronel Roberto Jullian da Silva Graça, hoje chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Planalto (CMP). O inquérito cita supostas falhas da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial e do Departamento de Segurança Presidencial, ambos subordinados ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Os chefes de ambas as pastas, contudo, haviam sido nomeados durante o governo Bolsonaro, pelo ex-ministro da pasta, general Augusto Heleno, e mantidos pelo general Gonçalves Dias, que pediu demissão da liderança do ministério em abril após filmagens o mostrarem circulando entre os terroristas no dia das invasões.

    "É possível concluir que, sendo realizado um planejamento das ações de segurança adequado, com o acionamento de valor de tropa suficiente, a execução das ações de segurança por parte das tropas do CMP teria melhores condições de êxito [...] Nesse sentido, a invasão ao Palácio do Planalto poderia ter sido evitada ou minimizado os danos patrimoniais sofridos", diz um trecho da conclusão do relatório.

    A tentativa de atribuir ao governo Lula a responsabilidade pelas invasões oculta, no entanto, a conivência de autoridades do Exército com os acampamentos golpistas montados em frente ao QG de Brasília meses antes dos ataques golpistas, após Jair Bolsonaro ser derrotado nas urnas. As investigações da CPMI do 8 de janeiro apontam os acampamentos como o centro de planejamento para as invasões e também revelam uma série de crimes que ocorriam nos espaços protegidos pelo Exército. Os acampamentos, inclusive, contavam com a presença de familiares de militares.

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