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    Parlamentares prometem deixar PDT caso partido vote novamente a favor da PEC dos Precatórios

    Dos 24 deputados da bancada do PDT, 15 votaram pelo “sim”, junto com o governo

    Plenário, Sessão Deliberativa Extraordinária (Foto: Antônio Augusto/Câmara dos Deputados)

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    Rede Brasil Atual - O deputado federal Túlio Gadelha (PDT-PE), o deputado estadual Goura Nataraj (PDT-PR) e a vereadora Duda Salabert, do mesmo partido em Belo Horizonte, divulgaram na noite desta segunda-feira (8) uma carta aberta – intitulada “Por um PDT que honre suas lutas e raízes” –  na qual condicionam sua permanência no partido à votação da bancada da legenda contra a PEC dos Precatórios, prevista para esta terça-feira (9). A proposta de emenda à Constituição é vital para o governo de Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

    “Assim como Ciro Gomes suspendeu sua pré-candidatura à presidência como forma de apelo para que parlamentares do PDT mudem sua posição em relação à PEC dos Precatórios, entendemos que nossa participação e permanência no partido será também repensada caso a bancada do PDT mantenha os votos favoráveis à PEC dos Precatórios.  Tornamos pública essa posição crítica por entender os riscos dessa PEC para o país”, diz a carta.

    Na votação em primeiro turno, na madrugada do dia 4, a Câmara aprovou a PEC 23/2021 por 312 votos contra 144. Dos 24 deputados da bancada do PDT, 15 votaram pelo “sim”, junto com o governo, apenas seis foram contra e três não votaram.

    “Filiamo-nos no PDT por causa de suas raízes, por causa do trabalhismo, por causa de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Mário Juruna, Lélia Gonzalez, Francisco Julião, Manoel Dias, entre outras figuras importantes que por ele passaram e que nos são referência”, dizem os parlamentares na carta aberta. Segundo eles, o papel histórico do PDT, construído pelas lideranças citadas, “não pode ser reduzido a quadros na parede”, continua o documento.

    Bolsa Família 

    De acordo com a carta aberta dos parlamentares do PDT, a votação em segundo turno da PEC dos Precatórios “tem grande relevância não apenas para a população brasileira, mas também para os partidos, pois nessa votação ficará explícito em quais legendas partidárias as pessoas podem confiar”.

    Os signatários afirmam que a PEC dos Precatórios desagrada à direita, por permitir estourar o teto de gastos públicos, e setores da esquerda, por “ser uma proposta cheia de gambiarras e construída às pressas para viabilizar a substituição de um programa exitoso e criado a partir de vários estudos socioeconômicos – o Bolsa Família – pelo improvisado ‘Auxílio Brasil’”.

    “Não restam dúvidas de que é urgente e necessário aumentar, nesse momento de crise humanitária, os valores para os programas sociais. Isso poderia ser feito por diversos meios, mas o governo optou por um caminho irresponsável (sem grandes estudos econômicos), eleitoreiro (funcionará apenas no ano eleitoral) e imoral (amplia espaço para usar dinheiro público para comprar votos de parlamentares)”, diz o documento dos parlamentares pedetistas.

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