Parlamentares repudiam declaração homofóbica do ministro da Educação e acionam a Justiça
O deputado David Miranda (PSOL-RJ) anunciou que irá acionar o Ministério Público Federal contra o ministro Milton Ribeiro. Já o senador Fabiano Contarato (Rede-ES) irá acionar o STF
247 - O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) disse que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, seja investigado após declarações homofóbicas do chefe do MEC em entrevista. O deputado David Miranda (PSOL-RJ) irá acionar o Ministério Público Federal contra o ministro.
"A biologia diz que não é normal a questão de gênero. A opção que você tem como adulto de ser um homossexual, eu respeito, não concordo", afirmou o ministro.
“Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. Por esse viés, é claro que é importante mostrar que há tolerância, mas normalizar isso, e achar que está tudo certo, é uma questão de opinião. Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um contexto familiar muito próximo, basta fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta atenção do pai, falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São questões de valores e princípios", completou.
"Meu repúdio absoluto a esse ataque preconceituoso, medieval e sórdido, que exige reação imediata das instituições democráticas!", afirmou Contarato. "Homossexualidade não é castigo nem crime. É uma forma de amar e se relacionar como qualquer outra! É requisito nesse governo de “desajustados” ser um criminoso homofóbico!", postou Miranda em seu Twitter.
Já o presidente da Comissão de Educação da Câmara em 2019, o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) considerou que as declarações mostram "preconceito inconcebível". "Mentalidade atrasada e triste de se ver em uma posição tão relevante."
O coordenador da comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha do MEC, Felipe Rigoni (PSB-ES), avalia que o ministro, na entrevista, manteve o tom já observado no MEC de usar "alguma coisa ideológica, sem evidência" como "cortina de fumaça" para esconder falhas em execuções de políticas públicas. "É irrelevante se o aluno ou professor é homossexual. MEC não tem de se meter nisso."
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