PF rastreou entregadores de dinheiro para chegar a aliado de Lira que foi alvo da Operação Hefesto
Casal de suspeitos recebia dinheiro da Megalic e utilizava veículo que ficava na casa de Luciano Cavalcante para fazer saques e entrega de valores em espécie a diferentes endereços
247 - No âmbito da Operação Hefesto, a Polícia Federal chegou ao nome de Luciano Cavalcante, auxiliar conhecido como "operador de Arthur Lira" em Brasília, após rastrear um casal que operava empresas de fachada e fazia entregas de dinheiro vivo em diferentes localidades da capital federal e Maceió. A informação é da Folha de S. Paulo.
O casal em questão recebia, por meio de suas empresas de fachada, repasses da Megalic, a empresa investigada no escândalo do desvio de dinheiro de contratos para a compra de kits de robótica com recursos do FNDE. Após receber a verba, os suspeitos foram flagrados pela PF indo a agências bancárias para fazer saques em espécie e entregar os valores a diferentes endereços.
Ocorre que o veículo utilizado pelo casal em uma dessas movimentações flagradas pela PF ficava na residência de Luciano Cavalcante e sua esposa, Glaucia. Apesar de estar no nome de outra pessoa, o veículo era utilizado pela família do auxiliar de Lira. Glaucia, inclusive, foi registrada dirigindo o veículo ao lado do casal suspeito de operar o dinheiro recebido pela Megalic. Foi desta forma que a PF incluiu Luciano Cavalcante como um dos alvos de busca e apreensão na operação deflagrada nesta quinta (1).
A Megalic, por sinal, está em nome de Roberta Lins Costa Melo e Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda (PSD). Tanto o vereador quanto seu pai também são aliados públicos de Lira.
Já Luciano Cavalcante chefiou o escritório político de Benedito de Lira, pai de Arthur Lira, quando ele foi deputado e senador em Brasília (hoje, Benedito é prefeito numa cidade do litoral alagoano). Arthur Lira Filho e Malu Cavalcante, filhos dos protagonistas da PF denominada Operação Hefesto, são sócios numa empresa de comunicação e marketing denominada OPL Digital que foi beneficiada irregularmente por diversos contratos de operação publicitária com verbas da Secom da Presidência da República durante o mandato de Jair Bolsonaro.
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