PGR diz não haver motivos para prender Bolsonaro por estadia em embaixada da Hungria
Procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou em sua manifestação encaminhada ao STF que não houve tentativa de asilo político por parte de Bolsonaro
247 - A Procuradoria-Geral da República (PGR) concluiu que não há motivos para a prisão ou imposição de sanções mais severas contra Jair Bolsonaro (PL), após ele passar duas noites na Embaixada da Hungria em Brasília. Segundo o Metrópoles, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou em sua manifestação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não houve tentativa de asilo político por parte de Bolsonaro, após a apreensão de seu passaporte pela Polícia Federal (PF).
O teor da manifestação, que ainda é sigiloso, foi divulgado por Basília Rodrigues, da CNN, e confirmado posteriormente pelo Metrópoles. “A estada pelo próprio relatado não caracteriza infringir nenhuma das medidas de cautela a que está sujeito”, disse Gonet no texto, de acordo com a reportagem.
A PF investiga a estadia de Bolsonaro na Embaixada da Hungria, em fevereiro deste ano, e as visitas que ele recebeu durante esse período. O caso veio à tona após uma reportagem do jornal New York Times revelar que Bolsonaro permaneceu escondido na embaixada por dois dias, após ter seu passaporte apreendido.
Imagens publicadas pelo jornal americano mostram que o ex-mandatário esteve na embaixada entre os dias 12 e 14 de fevereiro. A Hungria, governada pelo primeiro-ministro Viktor Orbán, conhecido por suas posições de extrema-direita, é um dos poucos países aliados de Bolsonaro no exterior.
Em 8 de fevereiro, o passaporte de Bolsonaro foi apreendido por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que apura o suposto planejamento de um golpe de Estado por parte do ex-mandatário e seus aliados.
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