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    Pivô do terrorismo bolsonarista em Brasília, José Acácio Serere Xavante convocou pessoas armadas para impedir diplomação de Lula

    Segundo a PGR, o bolsonarista tenta arregimentar pessoas para, "com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente"

    José Acácio Serere Xavante (Foto: Reprodução)

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    247 - O indígena José Acácio Serere Xavante foi preso na noite desta segunda-feira (12) por convocar "expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos", de acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão temporária por dez dias, a pedido da Procuradoria-Geral da República.

    A prisão de Serere Xavante levou bolsonaristas a promoverem uma noite de terror em Brasília. Veículos foram incendiados e a sede da Polícia Federal foi alvo de tentativa de invasão. Foram depredados pelo menos oito carros e ônibus.

    >>> Bolsonaristas tentam invadir prédio da PF após prisão e queimam veículos em Brasília (vídeos)

    Nos últimos dias, Serere Xavante esteve ao menos duas vezes em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, segundo o jornal O Globo. Nas duas ocasiões ele fez discursos inflamados diante de Jair Bolsonaro (PL). Na última sexta-feira (9), por exemplo, Serere Xavante afirmou que o presidente Lula (PT) não tomaria posse e chamou os ministros do STF de bandidos. Ele também pediu para Bolsonaro decretar Garantia da Lei e da Ordem. 

    No pedido de prisão do bolsonarista, a Procuradoria Geral da República (PGR) afirma que Serere Xavante vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição de Lula e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.  "A manifestação, em tese, criminosa e antidemocrática, revestiu-se do claro intuito de instigar a população a tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo a posse do presidente e do vice-presidente da República eleitos", diz ainda a PGR.

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