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    Protesto sob protesto

    Organizadores no DF das duas primeiras manifestaes contra a corrupo no faro a marcha em Braslia. Outro grupo tomou a frente e a concentrao ser nesta tera-feira (15), no Museu da Repblica, s 10 horas

    Gisele Federicce avatar
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    Natalia Emerich_Brasília 247 – Neste 15 de novembro, feriado da Proclamação da República, cidadãos de pelo menos 35 cidades espalhadas por 15 estados e pelo Distrito Federal prometem protestar contra os escândalos políticos. Em Brasília, no entanto, a 3ª Marcha Nacional Contra Corrupção virou motivo de briga. Isso porque organizadores das duas edições anteriores (7 de setembro e 12 de outubro) não aceitam que outro grupo use o nome no protesto que organizam para esta terça-feira. Apesar do conflito, a marcha está marcada. A concentração será às 10 horas, em frente ao Museu da República.

    Assim como nas edições anteriores, a mobilização é feita clique a clique pelas redes sociais – Twitter e Facebook. Desta vez, Brasília foi incluída de última hora na lista de cidades que terão marcha. Como os organizadores daqui decidiram apoiar a manifestação que ocorrerá em Goiânia, estudantes da Universidade de Brasília assumiram o movimento. Dizem se sentir obrigados a isso, uma vez que Brasília é alvo de constantes denúncias e não sai das mídias. Daiara Figueroa, 29 anos, mestranda em teoria e história da arte e uma das organizadoras do protesto deste feriado, diz que uma das características das manifestações é a espontaneidade. “Elas não são padronizadas, o movimento surge a partir da necessidade de sair da omissão, sem burocracias.”

    Mesmo assim, a autônoma Daniella Kalil, que organizou as duas primeiras marchas, afirma que o nome não deve estar atrelado a movimentos que desvirtuem o conceito da marcha e critica a desorganização do evento, feito de última hora. “O Movimento Brasil Contra a Corrupção (MBCC), responsável pelas Marchas Contra a Corrupção que aconteceram aqui em Brasília nos dias 7 de setembro e 12 de outubro, gostaria de esclarecer que não está organizando esta marcha partidária que ocorrerá aqui em Brasília dia 15 de novembro”, publicou no Facebook.

    Segundo Daniella, os motivos para não realizar a 3ª Marcha Nacional Contra Corrupção em Brasília foram a evasão causada pelo feriado prolongado e o apoio em Goiânia. “Muitos goianos estiveram aqui nas duas vezes em que fomos para as ruas, agora é a vez de unirmos forças lá”, justifica. Ela diz que pelo menos 40 pessoas sairão da capital para se manifestar na cidade vizinha.

    Ainda que sem apoio dos organizadores “oficiais”, o outro grupo acha fundamental que a população de Brasília saia de casa nesta terça-feira (15). Na pauta da marcha, estarão as irregularidades nos Ministérios do Trabalho e do Turismo, os problemas com o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, e o Código Florestal, além de críticas ao governo do Distrito Federal. “A pauta está aberta a sugestões, queremos dar um basta à corrupção”, afirma Daiara. Não faltam temas para críticas. Nas marchas anteriores, os manifestantes pediam o fim do voto secreto no Legislativo e a regulamentação da Lei da Ficha Limpa.

    A 1ª Marcha Contra a Corrupção foi realizada em 7 de setembro, simultaneamente às festividades da Independência do Brasil. Mais de 25 mil manifestantes tomaram a Esplanada dos Ministérios para gritar contra a roubalheira generalizada que assola o País. Em 12 de outubro, na 2ª edição do evento, mais de 20 mil pessoas trocaram o descanso pela caminhada contra as falcatruas vindas do poder.

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