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    PSL começa a afastar deputados bolsonaristas de comissões no Congresso

    Deputados que manifestaram intenção de deixar o PSL ou que atacaram a legenda publicamente, acompanhando Jair Bolsonaro, serão removidos de seus postos em comissões. Alê Silva (PSL-MG) já foi destituída da comissão de Finanças e Tributação. Nesta quinta (10), pelo menos mais cinco nomes serão destituídos, dentre eles a deputada Carla Zambelli (SP)

    (Foto: Reuters | Câmara dos Deputados)

    247 - Deputados que manifestaram intenção de deixar o PSL ou que atacaram a legenda publicamente, acompanhando Jair Bolsonaro, serão removidos de seus postos em comissões e na liderança da legenda. A informação é da coluna Painel. Alê Silva (PSL-MG) já foi destituída da comissão de Finanças e Tributação. Nesta quinta (10), será a vez de Carlos Jordy (RJ), Luiz Philippe Orleans e Bragança (SP), Carla Zambelli (SP), Bibo Nunes (RS) e Filipe Barros (PR).

    A crise no PSL aumentou nesta semana após Jair Bolsonaro pedir a um apoiador para "esquecer" o partido. O ocupante do Planalto também disse que o deputado federal Luciano Bivar (PE), presidente da sigla, está "queimado". 

    Durante uma conversa na saída do Palácio da Alvorada, um apoiador disse a Bolsonaro: "Eu, Bolsonaro e Bivar. Juntos por um novo Recife. Aê!". O ocupante do Planalto retrucou: "Cara, não divulga isso não. O cara tá queimado para caramba lá. Entendeu? E vai queimar o meu filme também. Esquece cara. Esquece o partido". O diálogo foi publicado no G1.

    'Laranjal' 

    A declaração de Bolsonaro foi referência às apurações sobre um esquema de candidaturas laranjas do PSL. Bivar teria apoiado o repasse de R$ 400 mil em verbas do fundo partidário para uma candidata "laranja" em Pernambuco. Maria de Lourdes Paixão, 68 anos, teria sido a terceira maior beneficiada com verba do PSL em todo o País. 

    Também no estado de Pernambuco, o ex-ministro Gustavo Bebianno liberou R$ 250 mil de verba pública para a campanha de uma ex-assessora, que repassou parte do dinheiro para uma gráfica registrada em endereço de fachada.

    Vale ressaltar que um depoimento e uma planilha apreendida na apuração do caso levantam suspeita de que dinheiro do esquema das laranjas foi desviado para abastecer, por meio de caixa dois, as campanhas de Jair Bolsonaro e de do atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que era coordenador da candidatura presidencial em Minas Gerais e candidato à Câmara dos Deputados. 

    O ministro foi denunciado pelo Ministério Público (MNP-MG) por envolvimento no esquema. 

    Relação com o PSL

    Nesta terça-feira (9), Bivar disse que Bolsonaro não tem mais relação alguma com o partido. "Quando ele diz a um estranho para esquecer o PSL, mostra que ele mesmo já esqueceu. Mostra que ele não tem mais nenhuma relação com o PSL", afirmou Bivar ao Broadcast Político.

    Em outra entrevista, concedida ao site Uol, o presidente do PSL afirmou que Bolsonaro quer descartar o PSL para passar a imagem de que não tem envolvimento nas candidaturas laranjas e ser reeleito. 

    "No mundo político não dá para entender tudo. (...) Bolsonaro é muito intuitivo. No momento que ele tem o sentimento de que é hora de descartar o PSL para ser reeleito, então é uma estratégia", afirmou Bivar. 


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