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    PT aciona PGR para investigar acordo de Itaipu entre Brasil e Paraguai

    A Bancada do PT na Câmara protocolou na Procuradoria-Geral da República uma representação contra Jair Bolsonaro, o chanceler Ernesto Araújo e o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, general Joaquim Silva e Luna. O objetivo é apurar denúncias sobre irregularidades na renegociação "lesiva aos interesses nacionais" do acordo entre Brasil e Paraguai

    247 - A Bancada do PT na Câmara dos Deputados protocolou nesta terça-feira (6), na Procuradoria-Geral da República, uma representação contra o presidente Jair Bolsonaro, o chanceler Ernesto Araújo e o diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, general Joaquim Silva e Luna. Parlamentares querem que a PGR investigue denúncias sobre irregularidades na renegociação sigilosa – e "lesiva aos interesses nacionais" - do acordo entre Brasil e Paraguai acerca da comercialização de energia gerada pela usina de Itaipu, envolvendo uma empresa de São Paulo que seria ligada à família de Bolsonaro. 

    A Bancada requer a apuração da responsabilidade administrativa, civil e penal dos três representados, além da investigação da empresa Léros Comercializadora.

    Segundo reportagem do jornal ABC, do Paraguay, no acordo, que foi cancelado, o advogado José Rodríguez González, assessor jurídico informal do vice-presidente, Hugo Velázquez, intermediou a exclusão de uma cláusula para beneficiar a a empresa brasileira Léros Comercializadora, que seria ligada à família Bolsonaro.

    Pela proposta, o Paraguai pagaria mais caro pela energia proveniente de Itaipu. O presidente Mario Abdo Benítez é acusado de traição à pátria por ter assinado com o Brasil um documento que aumenta custos com energia em US$ 200 milhões por ano.

    A petição ressalta que, "segundo denúncias de jornais paraguaios, houve pressão delobistas de empresas brasileiras comercializadoras de energia, para que se retirasse do acordo uma cláusula que possibilitaria que a empresa estatal paraguaia ANDE pudesse comercializar o excedente de energia não utilizado pelo Paraguai diretamente no mercado livre do Brasil".

    Leia, no anexo, a íntegra da representação:

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