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    Relatório da CPMI pede "aprofundamento das investigações" contra Ibaneis pelo 8 de janeiro

    Relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama, destaca que o governador do Distrito Federal foi informado com antecedência sobre a possibilidade dos atos terroristas

    Ibaneis Rocha e prédio do Supremo Tribunal Federal (Foto: Reprodução/Metrópoles | Agência Brasil)

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    247 - A relatora a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos Golpistas, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) pediu no relatório final sobre a intentona golpista do dia 8 de janeiro o “aprofundamento das investigações” sobre a suposta omissão do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), na contenção dos extremistas.

    O relatório aponta que “a Secretaria de Polícia Legislativa do Senado Federal (SPOL) identificou, na tarde do dia 7 de janeiro, movimento atípico de pessoas em frente ao órgão, na Via N2, em situação que se assemelhava a ações de reconhecimento. A SPOL, assim que observou a movimentação, alertou o presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco. Importante ressaltar que a SPOL, assim como os órgãos de segurança pública distritais, recebeu informações - formais e informais – a respeito da possibilidade de ocorrência de atos de vandalismo nas dependências do Senado Federal no dia 8 de janeiro”.

    Ainda conforme o documento, ao ser informado pela SPOL sobre a movimentação, Pacheco “entrou em contato com o governador Ibaneis Rocha, transmitindo a apreensão da polícia legislativa quanto à possibilidade de ocorrência de atos antidemocráticos, especialmente contra o Senado Federal. Ibaneis, no entanto, garantiu que não ‘teríamos’ problemas e que colocaria ‘todas as forças nas ruas’".

    Ibaneis Rocha, portanto, tinha pleno conhecimento do risco de atos violentos. Contudo, conforme amplamente sabido, o efetivo das forças de segurança no dia 8 de janeiro foi reduzido, ainda mais se considerarmos os inúmeros avisos de que atos violentos ocorreriam”.

    A relatora observa, ainda, que Ibaneis liberou a realização de manifestações na Esplanada dos Ministérios quando “a conduta prudente esperada do governador era obedecer ao disposto no Plano, abstendo-se de incentivar o comparecimento de pessoas ao local". Além disso, Eliziane ressalta que Anderson Torres, então secretário de Segurança Pública, havia viajado para os Estados Unidos.

    “Contudo, no dia 8 de janeiro, Ibaneis Rocha, mesmo de posse de todas essas informações, inclusive do Ministro da Justiça e do Presidente do Congresso Nacional, não requisitou tempestivamente o emprego da Força Nacional, que, se acionada a tempo e com comando coordenado ao das demais forças de segurança, poderia auxiliar na contenção dos vândalos golpistas”, ressalta o relatório. .

    “Contudo, em razão de esta Comissão não possuir competência constitucional para investigar governadores de Estados-membros, apontamos a necessidade de aprofundamento das investigações pelas autoridades competentes”, destaca o documento.

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