Renan cobra Aras para análise de relatório da CPI: "não pode hibernar as investigações"
“Ao enveredar por esse torto caminho, a PGR diminui o trabalho da CPI, despreza milhares de mortes e apequena o papel do próprio MP”, diz o relator da comissão
247 - Após 100 dias, os indiciamentos feitos pela CPI da Covid ainda não saíram da gaveta do procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras. O relator da CPI, que escreveu o documento que indiciou Jair Bolsonaro (PL), quatro ministros —- Marcelo Queiroga (Saúde), Onyx Lorenzoni (Trabalho), Braga Netto (Defesa) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União) — duas empresas e outras 73 pessoas por crimes relacionados à pandemia, cobrou a PGR.
“Cabe à PGR três caminhos: requisitar a instauração de inquérito policial (como se espera); promover denúncia contra os indiciados; ou arquivar as conclusões da CPI, se assim entender”, escreveu Renan nas redes sociais nesta segunda-feira, 7.
“O que não pode é inventar um quarto caminho com o nítido objetivo de hibernar as investigações deixando-as numa caverna escura e inacessível à opinião pública”, reforçou. “Ao enveredar por esse torto caminho, a PGR diminui o trabalho da CPI, despreza milhares de mortes e apequena o papel do próprio MP. O negacionismo assumiu, enfim, a sua faceta mais tenebrosa: a negativa do Direito”, concluiu o senador.
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