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Ricardo Cappelli: 'há fortes indícios de sabotagem de Anderson Torres'

"Ele exonerou uma série de pessoas na secretaria e viajou", afirmou secretário executivo do Ministério da Justiça

Ricardo Cappelli (à esq.) e Anderson Torres (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABR)

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247 - O secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, nomeado interventor federal na área de segurança pública no Distrito Federal, disse que existem "fortes indícios de sabotagem de Anderson Torres como um dos principais responsáveis pelo que aconteceu domingo (8)", em Brasília (DF), onde aliados de Jair Bolsonaro invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Planalto. 

O Supremo Tribunal Federal determinou a prisão do ex-ministro, que viajou para os Estados Unidos. Ele é acusado de omissão quando aconteceram os ataques terroristas. Bolsonaro também foi para os EUA. 

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O Supremo afastou Ibaneis Rocha (MDB) do governo do Distrito Federal GDF por 90 dias. O emedebista disse que respeita a decisão. Nesta quarta-feira (11), a Corte decidirá sobre o futuro do governador afastado. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo que abra um inquérito para investigar Rocha e Torres.

Em entrevista ao jornal O Globo, Cappelli fez críticas ao fato de Anderson Torres estar fora do Brasil em um contexto no qual investigadores apuram crimes cometidos por bolsonaristas. 

"Ele exonerou uma série de pessoas na secretaria e viajou", afirmou o secretário. "Recebi a informação que nem poderia ter viajado porque as férias dele seriam a partir do dia 9 de janeiro. Ele estava fora. Exonera o comando e viaja. Claro que a Justiça vai apurar, mas na minha opinião há fortes indícios de sabotagem de Anderson Torres como um dos principais responsáveis pelo que aconteceu domingo", continuou.

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"Quem garante segurança no Distrito Federal (DF) é a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do DF. Todas as informações que o Ministério da Justiça recebia e cobrava indicavam que iria se repetir no dia 8 o sucesso que aconteceu no dia 1, quando ocorreu uma operação de segurança exemplar na posse do presidente Lula. Não houve qualquer incidente, milhares de pessoas aqui, com shows que vararam a madrugada. Por que em tão pouco tempo fomos de uma operação exemplar para uma operação desastrosa?", questionou Cappelli. 

A advocacia-Geral da União (AGU) também pediu a prisão deTorres.  O órgão disse ter identificou mais de 100 empresas suspeitas de terem financiado as mobilizações nesse domingo (8) em Brasília.

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