Tabata Amaral passa a ser cotada para o Ministério de Ciência e Tecnologia
Chegada da deputada ao governo oxigenaria a relação do Planalto com o Centrão e equilibraria o peso do PSB na Esplanada
247 - A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) entrou no radar do Palácio do Planalto como um dos possíveis nomes para assumir o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI), atualmente comandado por Luciana Santos (PCdoB), informa Renata Agostini, do jornal O Globo. Aliados do presidente Lula (PT) defendem a deputada como uma figura capaz de agregar valor ao governo, tanto por seu perfil jovem quanto por sua conexão com o eleitorado de centro.
A sugestão foi levada ao presidente, que ainda não se pronunciou. Integrantes do Planalto avaliam que uma reformulação no MCTI é inevitável, como parte de uma estratégia mais ampla para oxigenar o governo e fortalecer laços com partidos de centro.
Tabata Amaral, de 29 anos, é vista como uma figura promissora nesse cenário. Com mais de 600 mil votos na disputa pela prefeitura de São Paulo em 2020, a deputada construiu uma trajetória marcada pela defesa da educação e pela capacidade de dialogar com públicos de centro-esquerda.
Além disso, a possível nomeação de Tabata seria um gesto político em direção ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), com quem a deputada mantém um relacionamento. Campos, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o governo de Pernambuco, está prestes a assumir a presidência nacional do PSB, o que reforça a importância da legenda no tabuleiro político do governo Lula.
Reforma ministerial - A movimentação em torno do MCTI ocorre em um contexto de ajustes na Esplanada dos Ministérios, que pode incluir a saída do vice-presidente Geraldo Alckmin do comando do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Apesar de elogiado por seu desempenho à frente da pasta, Alckmin pode ser deslocado para uma função mais estratégica, focada em articular apoio político em regiões onde o governo enfrenta resistência, como o Sudeste e o Sul.
A ideia é que o vice-presidente tenha mais liberdade para dividir com Lula as agendas pelo país, especialmente em áreas onde o petista busca ampliar sua base de apoio e encontra maior resistência.
Nesse cenário, a possível entrada de Tabata Amaral no MCTI também seria uma forma de compensar o PSB, que já perdeu espaço no governo com a saída de Flávio Dino da Justiça e a redistribuição da pasta de Portos e Aeroportos para o Republicanos. Atualmente, o PSB conta com 15 deputados federais, uma bancada mais robusta que a do PCdoB, que tem apenas seis representantes na Câmara.
A reforma ministerial também pode abrir espaço para outras mudanças, como a transferência de Luciana Santos para o Ministério das Mulheres, atualmente liderado por Cida Gonçalves. Essa movimentação seria uma forma de acomodar aliados e manter o equilíbrio entre as legendas que compõem a base governista.
Tabata Amaral, por sua vez, já demonstrou capacidade de mobilização e articulação política. Durante a campanha pela prefeitura de São Paulo, ela recebeu o apoio de Geraldo Alckmin e, apesar de ter feito duras críticas ao candidato de Lula, Guilherme Boulos (Psol), no primeiro turno, não hesitou em apoiá-lo no segundo turno contra Ricardo Nunes (MDB).
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