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    Temer e política do arrocho sofrem primeira derrota na Câmara

    "Depois de um esforço imenso para esvaziar o plenário – ao ponta de ser ironizado até por Rodrigo Maia –, a aprovação do projeto de prorrogação do pagamento, por 20 anos, das dívidas dos estados e a moratória de três anos no pagamento dos encargos destes débitos é tudo o que o Planalto e Henrique Meirelles não queriam", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço; "Foi a primeira derrota do arrocho irracional"

    rodrigo maia (Foto: Leonardo Attuch)
    Leonardo Attuch avatar
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    Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

    20 de dezembro é o dia em que o governo golpista de Michel Temer  conheceu a primeira derrota na Câmara dos Deputados que lhe abriu o caminho do assalto ao poder, naquele domingo circense que teve Eduardo Cunha como mestre de cerimônias.

    Depois de um esforço imenso para esvaziar o plenário – ao ponta de ser ironizado até por Rodrigo Maia –, a aprovação do projeto de prorrogação do pagamento, por 20 anos, das dívidas dos estados e a moratória de três anos no pagamento dos encargos destes débitos é tudo o que o Planalto e Henrique Meirelles não queriam.

    Foi a primeira reação contra a política de arrocho, pois  foi retirada do texto toda a parte tornava obrigatório elevar a contribuição previdenciária, cortar salários e despesas, suspender reajustes, entre outras medidas.

    O compromisso de manter a vinculação dos gastos com a inflação por dois anos é zero, porque a situação dos estados não permitiria nada que fosse diferente disso, embora a supressão não os deixe manietados.

    Também tirou das mãos do Governo Federal a privatização, a seu gosto, de empresas e ativos dos estados.

    Óbvio que Meirelles não vai passar recibo imediato, mas sentiu o golpe, apesar de dizer que não é o fim do mundo, que “a vida continua”.

    Por mais que sejam abjetos alguns dos personagens metidos nesta “puxada de tapete” a Temer, é um sinal de que a sociedade está exausta de de cortes e mais cortes, que não resolveram, não resolve e não resolverão a crise que o país passa e que leva junto suas administrações públicas, da qual a única que pode equilibrar-se emitindo dívida é a União.

    Foi a primeira derrota do arrocho irracional.

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