Zanin exige que bolsonarista que o ameaçou em aeroporto grave vídeo de retratação
"Assim, como o agressor gravou em vídeo as ofensas e as disseminou nas redes, ele deve fazer a retratação por meio de vídeo", argumenta a defesa do ministro do STF
247 - O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Cristiano Zanin, solicitou à Justiça que o homem que o ofendeu e ameaçou no banheiro do aeroporto de Brasília grave um vídeo com um pedido de desculpas, informa a Folha de S. Paulo. A 6ª Vara Criminal de Brasília já tornou réu Luiz Carlos Basseto pelo crime de injúria, após o episódio ocorrido em 11 de janeiro do ano passado.
A defesa do ministro, representada por Alberto Toron, argumenta que o processo de difamação só deve ser encerrado caso o agressor se retrate de maneira "irrestrita". Segundo Toron, o pedido de desculpas em vídeo é necessário, pois as ofensas proferidas por Basseto foram gravadas e disseminadas nas redes sociais. "Assim, como o agressor gravou em vídeo as ofensas e as disseminou nas redes, ele deve fazer a retratação por meio de vídeo, explicando por que se retrata e no que errou concretamente", afirma Toron.
Basseto, empresário bolsonarista, apresentou um pedido de retratação à 6ª Vara Criminal do Distrito Federal, buscando "retirar todas as declarações ofensivas" feitas contra Zanin. A equipe jurídica do agressor também busca uma nova audiência de conciliação como parte do processo. >>> LEIA TAMBÉM: Bolsonarista que ameaçou Zanin em aeroporto faz pedido de retratação e "retira tudo que tenha dito"
O incidente ocorreu enquanto Cristiano Zanin representava o presidente Lula (PT) na Justiça. No banheiro do Aeroporto de Brasília, Basseto abordou Zanin de maneira agressiva, proferindo insultos como 'desonesto', 'criminoso', 'bandido' e 'corrupto'. As ofensas foram gravadas e amplamente divulgadas nas redes sociais pelo agressor. Apesar da situação, o ministro Zanin optou por não reagir às agressões verbais.
Os advogados de Basseto alegam que o contexto político e ideológico do país deve ser considerado como parte das justificativas para evitar um julgamento por difamação, argumentando que o episódio ocorreu em meio a "fortes discussões ideológicas e políticas".
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