Deputado maranhense diz que é “gravíssimo” boicote de Bolsonaro à compra de respiradores
"Governo querer impedir que vidas sejam salvas no Maranhão. É um absurdo inaceitável que burocratas da Receita Federal sejam obrigados a perder tempo perseguindo salvar vidas”, disse Márcio Jerry (PCdoB)
247 - O vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA), classificou como “gravíssima” a tentativa de retaliação do governo de Jair Bolsonaro pela compra de 107 respiradores da China, por parte do Estado do Maranhão, para atender pacientes infectados pelo novo coronavírus.
Nesta segunda-feira (20), a Receita Federal afirmou que a operação feita pela gestão de Flávio Dino (PCdoB) foi ilegal e que por isso tomará as medidas legais cabíveis contra as pessoas envolvidas.
“É gravíssimo: governo de Jair Bolsonaro querer impedir que vidas sejam salvas no Maranhão. É um absurdo inaceitável que burocratas da Receita Federal sejam obrigados a perder tempo perseguindo salvar vidas”, disse o parlamentar em suas redes sociais.
Acusando a gestão federal de tentar boicotar iniciativa do governo maranhense, Jerry afirmou que respiradores foram importados de forma legal e que a tentativa de criminalização é uma clara sabotagem a quem está buscando realizar ações para o combate à doença, responsável por mais de 2,5 mil óbitos no país.
“O governo de Jair Bolsonaro tem sido negligente e irresponsável desde o início da pandemia e essa atitude contamina alguns subordinados que também agem para impedir ações em defesa da vida. Face da crueldade que marca alguns agentes nesse instante grave, em que a vida luta contra a morte no meio de uma pandemia. Se não querem ajudar, por favor não atrapalhem”, complementou.
Após ter pedidos de ajuda recusados pelo governo federal, o Maranhão montou uma operação humanitária para conseguir transportar 107 respiradores e 200 mil máscaras, ao custo de R$ 6 milhões, como revelou a Folha de São Paulo no último dia 16 de abril. A logística foi traçada depois respiradores serem reservados algumas vezes e atravessados por Alemanha, EUA e pelo próprio governo federal.
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