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Doador de R$ 1 milhão a Bolsonaro é réu por ocupação ilegal de terras

Empresário Cornélio Sanders, maior produtor de soja do Piauí, é também acusado de trabalho escravo em suas propriedades

Soja (Foto: JOSE ROBERTO GOMES / REUTERS)

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247 – O empresário Cornélio Sanders, maior produtor de soja do estado do Piauí, está sendo acusado em um processo por ocupação ilegal de 7,6 mil hectares de terras na região de Uruçuí, oeste do Piauí. Sanders, que doou R$ 1 milhão à campanha de Jair Bolsonaro em 2022, terá seu caso julgado pelo Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI) nesta quinta-feira (14/3). A denúncia foi feita pela empresária Bernadete Guadagnin, que pleiteia uma indenização de R$ 172,6 milhões, alegando irregularidades na compra da fazenda em 2007 por parte de Sanders. A informação foi publicada inicialmente na coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles.

Segundo Guadagnin, a terra é uma "propriedade fictícia e inexistente, fruto de ato fraudulento". Em resposta, a defesa de Cornélio Sanders afirmou que a compra foi realizada de acordo com todos os procedimentos legais e que a ação movida pela família Guadagnin é uma tentativa de prejudicar a carreira empresarial de Sanders. O advogado de Sanders, Wildson de Almeida Oliveira Sousa, destacou que não houve apresentação de danos pelos autores do processo, o que, segundo ele, demonstra a impossibilidade da indenização.

Em um caso anterior, em 2005, Cornélio Sanders foi denunciado pelo Ministério Público Federal por trabalho escravo em uma de suas fazendas, embora o caso tenha sido arquivado em 2019 sem julgamento. Os fiscais apontaram supostas jornadas excessivas de trabalho e irregularidades nos alojamentos, banheiros e cozinhas da propriedade, mas Sanders negou qualquer irregularidade.

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