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Filho da líder quilombola Mãe Bernadete discorda de resultado do inquérito da Polícia Civil sobre assassinato

Jurandir Pacífico afirmou que os suspeitos denunciados ao Ministério Público, todos vinculados ao tráfico de drogas local, não teriam motivação própria para o assassinato

(Foto: Conaq)

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247 - Jurandir Wellington Pacífico, filho da ialorixá Mãe Bernadete, contestou as conclusões do inquérito da Polícia Civil da Bahia sobre o assassinato de sua mãe, ocorrido em agosto deste ano, informa o portal A Tarde. A líder quilombola foi brutalmente morta no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.

A investigação policial, concluída recentemente, apontou que Mãe Bernadete foi morta a mando de um líder do tráfico de drogas local. A delegada Andréa Ribeiro, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou durante uma coletiva de imprensa que a líder quilombola pagou com a vida devido à sua forte liderança em prol dos interesses da comunidade.

Contudo, Jurandir Wellington Pacífico discorda dessa conclusão. Em declarações ao Portal A Tarde nesta sexta-feira, 17 de novembro, Pacífico afirmou que os suspeitos denunciados ao Ministério Público, todos vinculados ao tráfico de drogas local, não teriam motivação própria para o assassinato. Ele alega que eles foram "pagos para executar Mãe Bernadete".

"O modus operandi condena isso. Os rapazes entraram aqui, colocaram meus dois sobrinhos dentro do quarto e executaram apenas minha mãe. Isso não tem nenhuma característica de tráfico de drogas. O cara foi pago para executar Mãe Bernadete. Isso merece uma investigação mais apurada e a família crê que o crime foi de mando e que o tráfico só fez o que foi pago para fazer", declarou Pacífico.

As autoridades concluíram que Mãe Bernadete era uma líder legítima na comunidade, com uma liderança forte em prol dos interesses dos quilombolas. A motivação do crime teria sido a contraposição de sua liderança aos interesses do tráfico na região.

O Ministério Público da Bahia já apresentou denúncia contra cinco pessoas suspeitas de envolvimento no crime, acusando-as de homicídio triplamente qualificado. As acusações incluem motivação vil, emprego de arma de fogo e execução sem oportunidade de defesa para a vítima.

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