Justiça Eleitoral concede liberdade a primeira-dama de João Pessoa e sua secretária pessoal
Lauremília Lucena e Tereza Cristina, presas preventivamente em operação da PF, terão a liberdade condicionada a medidas cautelares
247 - A Justiça Eleitoral da Paraíba decidiu nesta terça-feira (1) substituir a prisão preventiva da primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, e de sua secretária particular, Tereza Cristina, por medidas cautelares. A decisão foi proferida pela juíza Maria Fátima Ramalho, da 64ª Zona Eleitoral de João Pessoa, e permitirá que ambas sejam libertadas ainda hoje, destaca o jornalista Carlos Madeiro em sua coluna no UOL.
As duas haviam sido presas no sábado (28), durante a terceira fase da operação Território Livre, conduzida pela Polícia Federal (PF). A operação investiga um esquema de coação eleitoral envolvendo facções criminosas em troca de cargos na prefeitura de João Pessoa. Lauremília e Tereza foram detidas sob suspeita de participarem de concessões de cargos e gratificações à facção Nova Okaida, que atua no bairro São José.
Em sua decisão, a juíza justificou a revogação da prisão preventiva destacando que as provas já foram coletadas e que ambas as rés são primárias, possuem residência fixa e ocupações lícitas, além de não oferecerem riscos à investigação. A magistrada também destacou que as investigadas demonstraram comprometimento com a Justiça ao constituírem advogados e colaborarem com o cumprimento dos mandados de busca e apreensão.
Como parte das medidas cautelares impostas pela Justiça, ainda de acordo com reportagem, Lauremília e Tereza estão proibidas de acessar ou frequentar os bairros São José e Alto do Mateus, bem como qualquer órgão público vinculado à administração municipal de João Pessoa. Elas também não podem manter contato com outros investigados e estão proibidas de deixar a Comarca de João Pessoa por mais de oito dias sem prévia comunicação à Justiça.
As duas negam qualquer envolvimento com a facção e se declaram inocentes. O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), que é esposo de Lauremília e candidato à reeleição, classificou a prisão como um ato político e defendeu a integridade da primeira-dama.
“Lauremília tem uma vida limpa, é uma benfeitora na cidade e no estado. Ela provará sua inocência, sendo mais uma vítima de injustiça, assim como Cícero também foi”, afirmou o prefeito em nota oficial.
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