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    Líder quilombola da Bahia, Bernadete Pacífico é assassinada

    Criminosos invadiram o terreiro onde Bernadete estava, relata a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco

    (Foto: Conaq)

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    247 - Bernadete Pacífico, uma respeitada liderança quilombola da Bahia, foi assassinada na noite desta quinta-feira (17). Ela era integrante da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq) e foi secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e líder da comunidade quilombola de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.

    A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, relatou que criminosos invadiram o terreiro onde Bernadete estava. "O racismo religioso mata e produz violências reais", escreveu. "O ataque contra terreiros e o assassinato de lideranças religiosas de matriz africana não é pontual. O racismo religioso é mais uma faceta da conformação racista que estrutura o país e precisa ser combatido por meio de políticas públicas".

    O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), determinou a ida da Polícia Militar e da Polícia Civil até o local e pediu que os agentes "sejam firmes na investigação".

    Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida também deslocou uma equipe até o local do crime.

    Bernadete era mãe de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, diz a Conaq. Líder da comunidade Pitanga dos Palmares, ele foi assassinado há 6 anos. Segundo a entidade, a 'mãe Bernadete' "atuava na linha de frente para solucionar o caso do assassinato do seu filho Binho e bravamente enfrentou todas adversidades que uma mãe preta pode enfrentar na busca por justiça e na defesa da memória e da dignidade de seu filho".

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