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    Morre em Pernambuco mulher que contraiu raiva humana após mordida de sagui

    O caso, confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) na quarta-feira (8), é o primeiro registro da doença em Pernambuco desde 2016

    Sagui-imperador, ou sagui-de-bigode (Foto: Victor Castanho)
    Redação Brasil 247 avatar
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    247 - No último sábado (11), uma mulher de 56 anos morreu em decorrência de raiva humana no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da Universidade de Pernambuco (HUOC/UPE), em Recife. Ela estava internada em estado grave após ser mordida por um sagui no município de Santa Maria do Cambucá, no Agreste do estado. O caso, confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) na quarta-feira (8), é o primeiro registro da doença em Pernambuco desde 2016. As informações são da CNN Brasil.

    A paciente deu entrada na unidade de saúde em 31 de dezembro com sintomas iniciais como dormência, fraqueza e dores. A situação evoluiu rapidamente, e, em 2 de janeiro, ela apresentou sinais neurológicos graves, incluindo agitação e insuficiência respiratória, necessitando de ventilação mecânica. A morte foi confirmada no sábado devido às complicações da doença.

    De acordo com o Instituto Pasteur, em São Paulo, o vírus detectado foi identificado como de origem silvestre, transmitido pelo sagui. "Esses animais, diferentes dos domésticos, não são vacinados contra a doença", explicou Eduardo Bezerra, diretor-geral de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde de Pernambuco. Segundo a Vigilância Ambiental, o ataque pode ter sido motivado pela aproximação do animal à área urbana devido a queimadas na região.

    Números alarmantes

    Entre 2010 e 2024, o Brasil contabilizou 48 casos de raiva humana, sendo que 24 foram causados por morcegos, 9 por mordidas de cães, 6 por primatas não-humanos, 2 por raposas, 4 por felinos e 1 por bovino. Esses dados reforçam a importância da prevenção e do tratamento imediato após exposição ao vírus.

    A raiva é uma doença viral altamente letal, com uma taxa de mortalidade próxima a 100% após o aparecimento dos sintomas clínicos. O vírus é transmitido por mordidas, arranhões ou lambidas de animais infectados. No caso da vítima de Pernambuco, a transmissão ocorreu pela mordida do sagui.

    Prevenção e tratamento

    A profilaxia rápida é essencial para impedir a evolução da raiva. A recomendação é buscar assistência médica imediata após qualquer contato com animais silvestres para a aplicação de vacina antirrábica e, quando necessário, do soro antirrábico. "A vacinação de cães e gatos também é uma medida fundamental para prevenir a doença em ambientes urbanos", destacou Bezerra.

    O Ministério da Saúde distribui imunobiológicos para tratamento pós-exposição em todo o país, garantindo acesso gratuito à prevenção.

    Sinais e sintomas

    Os primeiros sintomas da raiva incluem febre baixa, mal-estar, dor de cabeça e náuseas. Com a progressão da doença, surgem sinais neurológicos graves, como dificuldade para engolir, agitação, paralisia e coma. O período de incubação varia de 2 a 10 dias, dependendo do local e da gravidade da mordida.

    A morte da paciente em Pernambuco destaca a importância de campanhas de conscientização sobre a prevenção da raiva e os riscos associados ao contato com animais silvestres, especialmente em regiões onde o vírus ainda circula.

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