Prefeito do Recife, João Campos é cotado para presidir o PSB em 2025
Prefeito do Recife se prepara para assumir a presidência nacional do PSB e disputar o governo de Pernambuco em 2026 com o aval de Carlos Siqueira
247 - O prefeito do Recife, João Campos (PSB), está seguindo os passos de seu pai, Eduardo Campos, e de seu avô, Miguel Arraes, e deverá assumir, a partir de 2025, a presidência nacional do PSB, cargo que seus familiares ocuparam no passado.
De acordo com fontes ouvidas pelo jornal O Globo, o prefeito conta com a benção do atual presidente da sigla, Carlos Siqueira, que comanda o PSB desde 2014. Siqueira foi escolhido para suceder Eduardo Campos após a morte do ex-governador de Pernambuco em um acidente aéreo, durante a disputa presidencial de 2014. Desde então, ele tem sido uma figura chave no partido, mantendo um vínculo estreito com a memória do líder falecido.
A decisão de João Campos como sucessor de Siqueira já vinha sendo debatida desde o 15º Congresso Nacional do PSB, realizado em abril de 2022. Na ocasião, Siqueira comunicou aos aliados que aquele seria seu último mandato como presidente da sigla, criando espaço para o novo líder.
Ainda de acordo com a reportagem, a escolha de João Campos ganhou força dentro do partido, especialmente após a impressionante reeleição do prefeito em 2020, com 78% dos votos no primeiro turno, consolidando sua imagem como uma liderança jovem, carismática e com grande projeção política.
Aos 31 anos, João já tem se destacado pela habilidade nas redes sociais e pela capacidade de atrair novos quadros para o PSB. Sua atuação nas eleições de 2020, apoiando a candidatura da deputada Tabata Amaral (PSB) em São Paulo, e em 2022, quando esteve envolvido na filiação do vice-presidente Geraldo Alckmin ao partido, demonstrou sua capacidade de articular com figuras de peso no cenário político nacional.
Pesquisas internas também apontaram que João Campos tem uma projeção política semelhante à de líderes como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). O PSB, tradicionalmente, funciona de forma consensual, com candidaturas únicas sendo a regra. A última disputa interna ocorreu em 2014, quando Siqueira foi reeleito presidente do partido. Caso a indicação de João Campos seja confirmada no congresso de 2025, seu foco será consolidar e fortalecer as bancadas federais do PSB na Câmara e no Senado, preparando o terreno para as eleições de 2026.
O voo solo de João Campos dentro do PSB também se alinha com seu projeto para o governo de Pernambuco, onde deverá enfrentar a governadora Raquel Lyra (PSDB), que tentará a reeleição. Nos bastidores, já existe uma tensão crescente entre os dois, que já se reuniram uma única vez, sem maiores desdobramentos. Campos tem dificultado a relação de Lyra com a Assembleia Legislativa, firmando acordos com o presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), para garantir cargos estratégicos na Mesa Diretora.
Enquanto isso, Lyra também tem gerido atritos com Campos, especialmente no que tange à relação local com o PT, partido que possui mágoas em relação ao prefeito. O PT havia negociado uma vaga de vice para a chapa de reeleição do gestor municipal, mas acabou sendo preterido em favor de Victor Marques (PCdoB), criando um ambiente tenso nas alianças políticas estaduais.
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