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Setembro registra maior número de chacinas do ano na Grande Salvador

Com quatro chacinas e 118 mortes, Instituto Fogo Cruzado alerta para aumento de tiroteios e necessidade de políticas públicas efetivas

Silhueta de corpos marcada no chão (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

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247 - Em setembro de 2024, a violência armada atingiu níveis alarmantes em Salvador e na Região Metropolitana, registrando o maior número de chacinas do ano. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Fogo Cruzado, foram registradas quatro chacinas, resultando em 15 mortes. O relatório aponta que o número de tiroteios chegou a 144, com 149 pessoas baleadas, das quais 118 morreram e 31 ficaram feridas. Esses números fazem de setembro o mês mais violento do ano, igualando-se a outubro de 2023 em quantidade de chacinas. Entre as chacinas, duas envolveram ações policiais, ocorrendo em Camaçari, Salvador e Itaparica, com destaque para a presença de mulheres entre as vítimas.

Em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, na madrugada do dia 1º de setembro, três pessoas foram baleadas, entre elas uma mulher que teria feito um gesto associado a uma facção criminosa durante um evento político. Já em Itaparica, no dia 13 de setembro, uma operação do 23º Batalhão da PM resultou na morte de três homens e uma mulher. Tailane Muniz, coordenadora do Instituto Fogo Cruzado na Bahia, destacou a importância de políticas públicas baseadas em evidências para conter a violência: “Investir inteligência em inteligência é um bom caminho possível. Soteropolitanos e moradores da região metropolitana estão condicionados à violência armada e isso não é razoável. Uma política eficiente preserva vidas e isso só faz a partir de evidências. Esses indicadores são fundamentais porque servem de insumo para o poder público compreender o cenário e buscar formas de conter o avanço da violência.”, avalia.

Os dados do Instituto Fogo Cruzado apontam Salvador como a cidade mais violenta, com 106 tiroteios e 76 mortos, seguida por Camaçari, com 18 tiroteios e 19 mortos. Houve uma redução de 29% nos tiroteios em relação ao mesmo período de 2023, mas o número de mortos ainda é alarmante. As vítimas, em sua maioria homens, incluem crianças, adolescentes e idosos. Segundo o levantamento, 68 vítimas foram identificadas como negras, reforçando o impacto desproporcional da violência sobre essa população.

O mapa da violência armada :

  • Salvador : 106 tiroteios, 76 mortos e 26 feridos
  • Camaçari : 18 tiroteios, 19 mortos e 1 ferido
  • Lauro de Freitas : 6 tiroteios, 7 mortos e 1 ferido
  • Candeias : 4 tiroteios, 1 morto e 1 ferido
  • Mata de São João: 4 tiroteios, 5 mortos e 1 ferido
  • Dias D'ávila: 3 tiroteios e 3 mortos
  • Itaparica: 2 tiroteios e 6 mortos
  • Vera Cruz: 1 tiroteio, 1 morto e 1 ferido

Entre os bairros mais afetados pela violência armada no mês de agosto, estão:

  • Pernambués (Salvador): 5 tiroteios e 4 mortos
  • Cidade Nova (Salvador): 4 tiroteios e 2 mortos
  • Itapuã (Salvador): 4 tiroteios, 2 mortos e 1 ferido
  • Sussuarana (Salvador): 4 tiroteios e 2 mortos
  • Industrial (Camaçari): 3 tiroteios e 4 mortos
  • Amado Bahia (Mata de São João): 3 tiroteios e 5 mortos

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