Tasso Jereissati, ex-presidente do PSDB, declara apoio a Lula
“Minha posição é Lula. O que está em jogo para nós é a democracia", afirmou o senador cearense
247 - O senador Tasso Jereissati (CE), ex-presidente nacional do PSDB, declarou apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Minha posição é Lula. Evidente que o partido tem que responder alguns pontos com a equipe dele, mas o que está em jogo para nós é a democracia e a democracia acima disso tudo. E esperando que Lula se comprometa com um governo de pacificação”, disse Tasso ao jornal O Estado de S. Paulo.
Lula já tem o apoio de outros integrantes da velha guarda do PSDB, como o ex-chanceler Aloysio Nunes e presidente de ex-ministros de Fernando Henrique Cardoso, como José Gregori (Justiça).
O PSDB vai se reunir amanhã, 4, para decidir a posição na disputa entre Lula e Bolsonaro. Tasso afirmou que espera que o partido apoie o petista formalmente, mas não descarta a possibilidade de uma neutralidade.
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SÃO PAULO (Reuters) - Um dia depois de enfrentar um resultado na urna pior do que o esperado, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa a debater apoios para o segundo turno, e deve procurar em breve, formalmente, o PDT de Ciro Gomes e o MDB de Simone Tebet.
Depois de se reaproximar de Lula na reta final da campanha eleitoral, a ex-ministra Marina Silva (Rede) disse nesta segunda-feira estar disposta a fazer contato com Ciro, se for necessário, na busca pelo apoio do quarto colocado no primeiro turno da disputa presidencial.
“Ciro é uma liderança política importante na história do Brasil. Vamos precisar de todo mundo e ele sabe disso. Ele tem um legado no campo da democracia. Devemos ter diálogo respeitoso com Ciro e Simone”, disse Marina, acrescentando que a união dos opositores nesse momento é um “ato de legitima defesa”.
“Todos os democratas devem estar juntos. Há uma responsabilidade de todos do campo democrático que participaram das eleições em não deixar o Brasil ir para o precipício. Precisamos ter humildade e fazer esse diálogo no sentido de pedir ajuda”, defendeu Marina.
O PT já iniciou conversas “laterais” com o MDB, aproveitando a ponte feita com parte do partido que já apoiou Lula no primeiro turno.
Em seu discurso na noite de domingo, em que admitiu a derrota, Simone Tebet afirmou que “tem lado” e insinuou sua intenção de apoiar Lula no segundo turno, mas deu o prazo até terça-feira para que os partidos da sua coligação --PSDB, Cidadania e Podemos-- debatessem uma posição.
Já com Ciro ainda não foi aberto diálogo, mas membros da campanha de Lula defendem que as conversas devem envolver não apenas o PDT, mas o próprio Ciro, pessoalmente.
“Acho que devemos buscar o apoio do PDT e do Ciro. Da Simone e dos partidos que estão com ela. Seria um erro de concepção de democracia não buscar o voto deles”, disse o ex-ministro Luiz Dulci, um dos membros do conselho político da campanha petista.
Dulci acrescentou que, na sua opinião, o PT deve buscar também Soraya Thronicke e o União Brasil. A senadora, que se elegeu em 2018 em uma plataforma de apoio a Bolsonaro, rompeu com o presidente durante a pandemia de Covid-19.
“Vamos buscar o apoio de todo mundo. É um dever, uma obrigação. É o destino da democracia que está em jogo”, defendeu Dulci.
Na avaliação do cientista político e diretor da Vector Relações Governamentais, Leonardo Barreto, Lula deve conquistar o apoio de Tebet, mas não diretamente o de Ciro, que adotou retórica agressiva contra o petista na reta final da campanha.
"Simone deve ir com Lula. O Ciro deve se abster. Acho que ele vai se aposentar, e aí tem que olhar para o Lupi, o que ele pensa", afirmou Barreto, referindo-se ao presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.
Na tarde desta segunda, o PT reuniu todo o conselho político da campanha --que inclui representantes de todos os partidos aliados-- para analisar os resultados do primeiro turno e preparar as próximas semanas de uma campanha de segundo turno que promete ser pesada.
De acordo com Dulci, um dos pontos que devem ser analisados é onde o partido poderia ter tido um resultado melhor, como no Estado de São Paulo e em Minas Gerais, e o que deve ser feito agora.
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