Alckmin promove encontro secreto entre Haddad e França para tentar unidade em São Paulo
Ex-governador, novo aliado de Lula, tenta buscar um acordo entre os dois pré-candidatos ao governo paulista. Haddad tem a liderança nas pesquisas eleitorais
247 - O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), que teve o seu nome oficializado pelo PSB nesta sexta-feira (8) para ser o vice em um chapa encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para disputar a Presidência da República promoveu uma reunião secreta entre os pré-candidatos ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB).
De acordo com a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o objetivo do encontro foi tentar fechar um acordo “para que França recue e concorde em concorrer ao Senado. Outra ideia em discussão é que os dois permaneçam na disputa, mas ela não tem a simpatia do PSB”.
Neste caso, a união em torno de um candidato único na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes estaria alinhada à aliança nacional que foi consolidada com a indicação de Alckmin para ser o vice de Lula.
De acordo com pesquisa Datafolha (SP-03189/2022) divulgada nesta quinta-feira (7), Haddad lidera as intenções de voto no estado, com 29%, e França registra 20%. Em seguida aparecem o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 10%, e o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que disputa a reeleição, com 6%. O instituto ouviu 1.806 moradores de 62 cidades paulistas entre 5 e 6 de abril. A margem de erro do levantamento, registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número SP-03189/2022, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Ainda conforme a reportagem, lideranças petistas avaliam que França deveria desistir da disputa estadual e disputar uma vaga no Congresso, “com a garantia de amplo espaço em um eventual governo Lula/Alckmin”.
O socialista, porém, afirma que possui uma rejeição inferior à registrada por Haddad, o que ampliaria as chances dele vencer o pleito estadual em um eventual segundo turno. Uma outra opção seria a de manter as duas candidaturas. A avaliação, neste caso, é que desta forma seria possível reduzir o crescimento do governador Rodrigo Garcia.
“Com ele na disputa, Garcia tem 6% dos votos e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), o candidato do bolsonarismo, tem 10%”, destaca a reportagem. “No cenário em que França não aparece entre os candidatos, Haddad salta para 35%. Garcia ganha 5 pontos e sobe para 11% dos votos. Já Tarcísio sobe apenas um ponto, para 11%”, ressalta o texto.
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