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    Ato "Tapete Vermelho" homenageia Fernanda Torres e familiares de vítimas da ditadura militar em Belo Horizonte

    Evento teve início às 11 horas e reuniu dezenas de participantes que estenderam um grande tapete vermelho pela Praça da Liberdade

    Ato Tapete Vermelho em BH (Foto: Reprodução)
    Guilherme Paladino avatar
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    247 - A Praça da Liberdade foi palco, na manhã deste sábado (11), do ato "Tapete Vermelho", organizado pelo Coletivo Alvorada em parceria com o Sinpro Minas, a Casa Socialista, o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e o Movimento Nacional de Direitos Humanos em Minas Gerais (MNDH-MG). A manifestação prestou homenagem à atriz Fernanda Torres e aos familiares dos mortos e desaparecidos durante a ditadura militar brasileira (1964-1985).

    O ato teve início às 11 horas e reuniu dezenas de participantes que estenderam um grande tapete vermelho pela Praça da Liberdade. A ação simbolizou a luta por memória, verdade e justiça, ecoando o lema "Ainda Estamos Aqui" — um grito de resistência em defesa da democracia, dos direitos humanos e da liberdade de expressão.

    A homenagem a Fernanda Torres ganhou destaque após a atriz conquistar, no último domingo (5), o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama por sua atuação em Ainda Estou Aqui. O longa é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e retrata a história real de Eunice Paiva, mãe do autor, interpretada por Fernanda. Eunice lutou por décadas para descobrir a verdade sobre o paradeiro de seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, assassinado pela ditadura militar. Selton Mello dá vida a Rubens no filme.

    Durante o ato, representantes das organizações envolvidas enfatizaram a importância de manter viva a memória das vítimas da ditadura e reforçaram o compromisso com a defesa da democracia. Cartazes com frases como "Sem Anistia para Golpistas" e "Memória, Verdade, Justiça" foram exibidos pelos manifestantes.

    O Coletivo Alvorada destacou que a realização do ato também foi uma forma de reconhecer o papel do cinema brasileiro na exposição de histórias que marcaram o país. A homenagem se estendeu ao diretor Walter Salles, ao ator Selton Mello e a todos os envolvidos na produção de Ainda Estou Aqui, cuja repercussão internacional contribuiu para dar visibilidade à luta por justiça.

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