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    Chacina da PM comandada por Tarcísio, no Guarujá, em São Paulo, já pode ter 19 mortos

    Homicídios estão sendo investigados pelas ouvidorias das polícias

    Palácio dos Bandeirantes e Tarcísio de Freitas (Foto: GOV-SP)

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    247 – A Ouvidoria das Polícias de São Paulo está investigando a ação policial ocorrida em Guarujá, no litoral paulista, que resultou em denúncias de mais nove mortes por intervenção policial entre domingo (30) e segunda-feira (31). Essas mortes se somam às outras dez que já estavam sendo apuradas desde o início da operação policial na última sexta-feira (28), segundo informa o jornalista Tulio Kruse, da Folha de S. Paulo. Com isso, o total de vítimas pode chegar a 19, incluindo as oito mortes anunciadas pelo governador Tarcísio de Freitas na manhã de segunda-feira.

    O governador defendeu a ação dos policiais e negou que houve excessos por parte dos agentes, mesmo com denúncias de abusos policiais e execuções sumárias feitas por moradores e familiares das vítimas. O secretário de Segurança Pública do estado também elogiou o trabalho dos policiais e rejeitou os relatos de abusos, considerando-os apenas "narrativas".

    Entidades de direitos humanos, como a ouvidoria e o Condepe, buscaram boletins de ocorrência na Delegacia de Guarujá para confirmar as mortes e obter informações da polícia. Porém, testemunhas que estavam em contato com os órgãos cessaram suas respostas, temendo possíveis represálias por parte dos policiais. A operação, denominada "Escudo", foi lançada após a morte do soldado Patrick Reis, da Rota, e tem gerado preocupação e medo entre os moradores da região, que relatam terem sido ameaçados e coagidos durante as incursões policiais em algumas comunidades. O Ministério Público de São Paulo também anunciou que investigará a operação das forças de segurança em Guarujá, com base em informações de um boletim de ocorrência que registrou sete mortes em um intervalo de 42 horas durante a operação policial.

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