Corregedor do Ministério Público dá esculacho em promotores: “Coisa de moleque”; ouça
Em reunião gravada, corregedor-geral do Ministério Público (MPSP) faz críticas duras a supostos desvios de conduta de promotores
247 - O corregedor-geral do Ministério Público de São Paulo (MPSP), Motauri Ciochetti, expressou críticas contundentes em relação a alegados desvios de conduta por parte dos promotores. Entre esses desvios, incluem-se a prática indevida do trabalho remoto em casa (home office), sem seguir a escala de teletrabalho, a delegação inadequada de responsabilidades a assistentes e a participação em atividades políticas dentro da instituição.
Durante uma videoconferência realizada na terça-feira (3/10) com os promotores, Ciochetti fez questão de enfatizar sua preocupação, afirmando que tais comportamentos são típicos de indivíduos irresponsáveis e inconsequentes, e que as consequências disso serão inevitáveis. Ouça a conversa, divulgada pelo site Metrópoles:
No mesmo encontro, o corregedor-geral também alertou para o fato de que atos impróprios no seio do MPSP poderão gerar reações por parte da classe política que podem afetar a paridade na remuneração dos procuradores em relação ao Poder Judiciário.
Ciochetti alertou que essas condutas inadequadas podem levar a instituição a um declínio semelhante ao da Polícia Civil, que, em sua opinião, está em um estado de degradação devido aos interesses pessoais que prevalecem sobre os interesses da própria instituição.
A reunião foi convocada, principalmente, para discutir as eleições para a Corregedoria-Geral do MPSP e a lista tríplice para o cargo de procurador-geral de Justiça, que será encaminhada ao governador para que ele escolha o novo líder do Ministério Público paulista. Essas eleições, programadas para abril do próximo ano, costumam gerar tensões entre grupos rivais.
Ciochetti expressou sérias preocupações de que o Ministério Público possa sofrer um colapso devido a conflitos internos, hostilidades e agressões motivadas por questões políticas. Ele afirmou de forma enfática que a corregedoria não tolerará tais comportamentos, independentemente de sua origem.
Além disso, Ciochetti deixou claro que não permitirá que a corregedoria seja usada como palco para atividades políticas e destacou que aqueles que desejam fazer campanha por candidatos devem se afastar do órgão.
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