Datafolha: 81% dos comerciantes paulistanos são contra fim do parcelamento sem juros no cartão de crédito
Para os comerciantes, essa medida traria mais prejuízos que benefícios para a economia brasileira
247 - Pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada nesta terça-feira (29) pela Folha de S. Paulo revelou que a grande maioria dos comerciantes de pequeno porte na cidade de São Paulo é contra a proposta de eliminar as vendas parceladas sem juros no cartão de crédito. Segundo o Datafolha, 81% dos entrevistados expressaram essa oposição, enquanto apenas 15% manifestaram apoio à ideia. Outros 3% se mostraram indiferentes e 1% não expressou opinião a respeito.
A opinião contrária ao fim das vendas parceladas sem juros no cartão de crédito também se estende à crença de que essa medida traria mais prejuízos do que benefícios para a economia brasileira, para os consumidores e para as próprias lojas. Os responsáveis pelos comércios estão amplamente alinhados nesse ponto, destacando a importância desse modelo para manter um ambiente econômico saudável e sustentar o consumo.
A pesquisa também destacou que, atualmente, 81% dos comércios pesquisados oferecem vendas parceladas sem juros no cartão de crédito. Essas vendas parceladas correspondem, em média, a cerca de 50% das transações realizadas com cartão de crédito e representam aproximadamente 45% do faturamento mensal desses estabelecimentos.
A pesquisa também destacou que a maioria dos comerciantes (56%) oferece descontos nas compras realizadas por meio do PIX. Os descontos variam de até 5% (39% dos casos), de 6% a 10% (14% dos casos) e de 11% ou mais (3% dos casos). Cerca de 44% dos estabelecimentos não oferecem descontos nas compras via PIX. Em média, os descontos concedidos nas compras realizadas por meio do PIX são de 7%.
A pesquisa Datafolha foi conduzida em 21 de agosto, com a realização de 306 entrevistas presenciais com responsáveis por pequenos estabelecimentos comerciais na cidade de São Paulo. A margem de erro é de 6 pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%.
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