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    “Decretaram ali que era culpado”, diz professor negro preso, que dava aula 200 km de distância do local na hora do crime

    Na data e horário, em 2023, Clayton Ferreira estava trabalhando a mais de 200 quilômetros de distância do local do crime

    (Foto: Paulo Pinto- Agência Brasil)

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    247 -  Após passar dois dias preso, na terça-feira (16), na cidade de São Paulo, sob acusação de ter participado de um roubo e sequestro em outubro de 2023, em Iguape, no litoral paulista, o professor negro Clayton Ferreira, 40, foi solto na tarde desta quinta-feira (18).

    Detalhe: Nesta data e horário, em 2023, ele estava trabalhando a mais de 200 quilômetros de distância do local do crime.

    De acordo com Metrópoles, A prova usada pela polícia de São Paulo contra ele foi o reconhecimento feito pela vítima com base em uma foto de dez anos atrás, na qual Clayton estava com um visual diferente (cabeça raspada) do atual (cabelo black power). “Decretaram ali que eu era culpado”, disse o professor. 

    Clayton pediu comprovantes à escola onde leciona educação física, na capital paulista, para provar sua inocência. Perguntou também por qual motivo os investigadores não procuraram saber mais detalhes a respeito da pessoa que estavam mandando prender, como o local de trabalho, onde mora e o histórico de vida, sem antecedentes criminais.

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