Deputados instalam CPI da Petrobras na Alerj
Dois deputados que integraram o movimento "Aezão" nas eleições do ano passado, em apoio à candidatura do tucano Aécio Neves à presidência, instalaram uma CPI da Petrobras na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro; a proposta dos parlamentares Luiz Paulo (PSDB) e Edson Albertassi (PMDB) tem como objetivo investigar os prejuízos causados pela estatal ao governo do estado desde 2005; CPI sobre crise hídrica também será instalada
Rio 247 - Dois deputados que integraram o movimento "Aezão" nas eleições do ano passado, pelo voto no senador Aécio Neves (PSDB-MG) para presidente e no governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), instalaram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
A proposta dos parlamentares Luiz Paulo (PSDB) e Edson Albertassi (PMDB) tem como objetivo investigar os prejuízos causados pela estatal do petróleo ao governo fluminense desde 2005.
"Queremos investigar os prejuízos econômicos e sociais decorrentes da gestão temerária e dos desmandos que vieram à tona com a Operação Lava Jato e tentar ressarcimento dessas perdas", afirmou o tucano à jornalista Luciana Nunes Leal.
Com base em balanço divulgado pela Petrobras, Luiz Paulo citou o corte de investimentos, os atrasos no início da operação, as demissões no Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) e o rombo de mais de R$ 80 bilhões como alguns fatores que afetam a arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e de royalties do petróleo.
"Queremos transformar tudo isso em número, não só do ponto de vista da arrecadação, mas também dos empregos perdidos, da renda dos trabalhadores. Quem vai apurar o esquema de corrupção é o Congresso Nacional", disse Luiz Paulo.
Os dois deputados também são autores do pedido de CPI dos recursos hídricos, que investigará a crise de abastecimento dos reservatórios do estado. A comissão ainda a ser definida.
A instalação de sete CPIs foi acertada em reunião dos líderes partidários com o novo presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), principal líder da oposição à presidente Dilma Rousseff no estado e criador do "Aezão". O peemedebista afirmou, na última segunda-feira (2), que as comissões de inquérito "devem ser propositivas" e disse que a Petrobrás e a crise hídrica estarão no centro das discussões da Casa.
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