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Eduardo Bolsonaro pretendia usar o Congresso dos EUA para atacar o Judiciário brasileiro

Acuado com investigações, o deputado queria denunciar o que chamou de 'totalitarismo' da Justiça brasileira

Eduardo Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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247 - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pediu uma audiência para falar sobre o ‘sistema totalitário do Judiciário brasileiro’ no Congresso dos Estados Unidos. O pedido foi feito no fim de fevereiro, quando o parlamentar participou da Conferência de Ação Política Conservadora, em Washington. Vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Estados Unidos, Jim McGovern (Partido Democrata, o mesmo de Joe Biden) vetou a presença de Eduardo no Legislativo norte-americano, de acordo com informações publicadas neste sábado (9) na Carta Capital

Jair Bolsonaro (PL), pai do parlamentar, é alvo de investigação da Polícia Federal por causa de um plano golpista. As apurações envolvem seus aliados. O ex-mandatário já está inelegível por atacar o sistema eleitoral brasileiro. Além da PF, a Procuradoria-Geral da República e o Supremo Tribunal Federal estão envolvidos nas investigações. 

O deputado criticou o veto. "Para calar a verdade sobre o que está ocorrendo no Brasil recorreram à censura, que é a arma dos covardes e fracos", escreveu. "Sigo com minha missão no Congresso dos EUA semana que vem. Vamos nos articular para que sejamos ouvidos em outras comissões e nos organizar para que nesta futura oportunidade sejamos ainda mais numerosos lá".

Críticas ao Judiciário são uma das alternativas do norte-americano Steve Bannon, 69 anos, que tentou na última década fazer partidos de direita chegarem ao poder nos Estados Unidos e em outros países. Em janeiro de 2021, quando o então presidente Donald Trump (Partido Republicano) perdeu a eleição, vários apoiadores invadiram o Legislativo e acusaram o sistema eleitoral de ser fraudulento.

Bannon, que foi estrategista do ex-presidente Donald Trump, teve um encontro com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos EUA após o segundo turno da eleição no Brasil e aconselhou o parlamentar a questionar o resultado.

Nos últimos anos, Jair Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que o Poder Judiciário atrapalha o governo. O chefe do Executivo federal defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições. Partidos de oposição denunciaram publicamente a hipótese de o bolsonarismo tentar um golpe.

O ex-mandatário está inelegível após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado por ter questionado, sem provas, a segurança do sistema eleitoral brasileiro contra fraudes.

 

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