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Empresário que atirou em suspeito ferido e já rendido integra grupo dos CACs, beneficiado com decretos de Bolsonaro sobre armas

Beneficiado pelos decretos que afrouxaram as restrições de acesso a armas de fogo, João Henrique Marfim Stakoviak responde a processos por ameaça e é alvo de medida protetiva

João Henrique Marfim Stakoviak (Foto: Reprodução/Polícia Civil)

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247 - O empresário João Henrique Marfim Stakoviak, preso em flagrante na sexta-feira (26) por tentativa de homicídio e porte ilegal de arma por atirar em um suspeito que já havia sido rendido por um policial na zona sul de São Paulo, integra o chamado grupo dos CACs (colecionadores, atiradores esportivos e caçadores), uma das bases de apoio do bolsonarismo e que foi beneficiada com o afrouxamento das restrições ao acesso de armas de fogo por civis por parte do governo Jair Bolsonaro (PL). Tanto Stakoviak quanto o suspeito, identificado como Sidney Fernandes, possuem antecedentes criminais e estão presos. 

De acordo com o UOL, Stakoviak estava abastecendo o seu Porsche quando foi abordado pelo suspeito  que tentou roubar o seu relógio, avaliado em R$ 40 mil, com um simulacro de arma de fogo. Após fugir do local, Fernandes foi rendido por um por um policial que havia atirado contra sua perna durante a fuga. Já rendido, o suspeito foi atingido por um tiro de pistola 9mm disparado pelo empresário. Stakoviak também chutou a cabeça de Fernandes após ele ter sido baleado.

Como CAC, Stakoviak tem a licença para a posse de arma de fogo, mas não tem autorização para portar o armamento. De acordo com a reportagem,  o inquérito da Polícia Civil destaca que o empresário “foi indiciado por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito ‘pois utilizou o armamento para promover justiça com as próprias mãos, sem demonstrar em momento algum que eventualmente estaria se dirigindo para um clube de tiro’”, como alegado por ele.

Ainda segundo a reportagem, João Henrique Marfim Stakoviak responde a dois processos por ameaça, um de junho de 2015 e outro de junho de 2022, além de ser alvo de inquérito registrado na 2ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, com medida protetiva, aberto em dezembro de 2021. 

Já Sidney Fernandes possui passagens pelo sistema prisional por roubo, em 2005 e 2007, além de uma medida protetiva datada de 2015. Ele havia cumprido todas as penas anteriores.

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