Esposa de MC Poze do Rodo é investigada por rifas ilegais em operação da Polícia Civil do RJ
Operação Rifa Limpa apura fraude e lavagem de dinheiro com participação de influenciadores digitais e possível ligação com o crime organizado
247 - Nesta sexta-feira (1º), a Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou a Operação Rifa Limpa, investigando sorteios ilegais promovidos nas redes sociais. Vivi Noronha, esposa do cantor MC Poze do Rodo, está entre os alvos da ação, que apura crimes de jogo de azar, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A operação, liderada pela Delegacia de Defraudações, busca provas contra Noronha e outros influenciadores, incluindo Roger Rodrigues dos Santos, conhecido como Roginho Dú Ouro, Jonathan Luis Chaves Costa, o Jon Jon, e Leandro Medeiros, o Lacraia. Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão, mas até o momento não foram emitidos mandados de prisão, segundo informações do g1.
Segundo a investigação, o esquema utiliza padrões que imitam a Loteria Federal para conferir aos sorteios uma aparência de credibilidade e legalidade. No entanto, em vez de um sistema auditado, os organizadores usam aplicativos personalizados e suscetíveis a manipulações. Para realizar rifas legais no Brasil, é necessária autorização da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Fazenda, e a prática é restrita a instituições sem fins lucrativos. A falta dessas permissões torna essas atividades ilegais e passíveis de investigação.
Nos últimos anos, operações semelhantes no país têm revelado uma conexão crescente entre rifas ilegais promovidas por influenciadores e organizações criminosas, como facções de tráfico de drogas e o jogo do bicho. Segundo relatos de outras investigações, a publicidade em redes sociais permite que essas rifas angariem grandes somas em dinheiro, sob o disfarce de prêmios luxuosos como carros de alta gama ou procedimentos estéticos. Em muitos casos, os prêmios prometidos sequer são entregues, configurando fraude e gerando prejuízos aos participantes. A Operação Falsas Promessas, realizada na Bahia, por exemplo, descobriu que influenciadores, ao promover rifas com ligações ao Comando Vermelho e outros grupos criminosos, ampliavam a abrangência do esquema de lavagem de dinheiro com esses prêmios fictícios.
A operação marca uma ação crescente contra o envolvimento de influenciadores digitais em atividades ilícitas e reflete a preocupação das autoridades com o poder de alcance e influência desses indivíduos. Com o uso de plataformas de redes sociais, eles captam recursos de uma base massiva de seguidores, dificultando a fiscalização e aumentando o desafio para as autoridades em coibir a prática. A investigação segue em curso, e a Polícia Civil busca desmantelar a estrutura financeira e logística desses sorteios ilegais que vêm se multiplicando pelo país.
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