Esquema de Witzel foi dividido em eixos comandados por Pastor Everaldo, por empresário e ex-pró-reitor de universidade, diz PF
Investigações da Polícia Federal apontaram que a organização criminosa, montada no governo do Rio, comandado por Wilson Witzel, foi dividida em eixos liderados pelo presidente nacional do PSC, Everaldo Dias Pereira, o pastor Everaldo; pelo empresário Mário Peixoto; e por José Carlos de Melo
247 - Investigações da Polícia Federal apontaram que a organização criminosa, montada no governo do Rio de Janeiro, comandado por Wilson Witzel, foi dividida em três eixos: os braços liderados pelo presidente nacional do PSC, Everaldo Dias Pereira, o pastor Everaldo; pelo empresário Mário Peixoto; e pelo empresário da área de ensino José Carlos de Melo. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou nesta sexta-feira (28) o afastamento de Witzel do cargo.
De acordo com a força-tarefa, o advogado e ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico Lucas Tristão e o médico e ex-prefeito de Volta Redonda Gothardo Lopes Neto atuavam como os principais operadores, ligando Witzel ao esquema de desvios. O relato foi publicado no jornal O Globo.
Wilson e Helena Witzel, esposa dele, o pastor Everaldo, Lucas Tristão, Gothardo e outros envolvidos foram denunciados no STJ por corrupção e lavagem de dinheiro.
"Como se vê, é exatamente o mesmo grupo criminoso que está sob investigação. A diferença é que, limitado pelo foro constitucionalmente deferido aos governadores, o Ministério Público do Rio de Janeiro não quebrou os sigilos, não realizou busca e apreensão e não teve acesso a elementos de prova que claramente colocam Wilson José Witzel no vértice da pirâmide, atraindo, sem nenhuma dúvida, a competência do STJ."
Segundo as investigações, Peixoto foi o elo entre os esquemas Witzel e Cabral. O empresário manteve o esquema de corrupção do governo anterior e o ampliou ainda mais, montando uma rede de empresas de fachada.
Witzel também foi citado durante uma ligação entre o empresário Luiz Roberto Martins Soares, um dos principais alvos da operação, e o ex-prefeito de Nova Iguaçu Nelson Bornier. Os dois mencionaram a revogação de uma resolução conjunta das secretarias estaduais de Saúde e da Casa Civil que desqualificou o Instituto Unir Saúde para seguir à frente das UPAs do estado no ano passado.
O diálogo foi interceptado em 24 de março. Luiz Roberto Martins liga para Bornier para dar a notícia sobre o ato de revogação da desqualificação da OS UNIR: "Estou te ligando para te dar uma notícia boa". Bornier reage com um "hum" e Luiz Roberto segue "O zero 1 do palácio assinou aquela revogação da desclassificação da Unir".
Esclarecimento
Após sair na imprensa que José Carlos de Mello é pró-reitor administrativo da Universidade Iguaçu (Unig), a instituição negou a informação. "Importante frisar que José Carlos de Melo não é, nem nunca foi, proprietário da UNIG. O CAPE, pessoa jurídica por ele presidida, havia sido contratado para realizar a gestão da UNIG por prazo determinado, mas teve seu contrato antecipadamente rescindido pela Universidade em junho deste ano, em razão de inadimplementos constatados", disse.
"A UNIG informa ainda que, desde o desligamento de José Carlos, não há mais qualquer relação entre ele e a Universidade. Vale ressaltar também que todo o faturamento da instituição advém das mensalidades pagas pelos alunos", afirmou. "A Universidade está à disposição para prestar todos os esclarecimentos que se façam necessários".
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