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    Exército indenizará em R$ 2 milhões família de músico morto após ter sido alvo de 257 tiros no Rio

    Caso ficou famoso pela análise preliminar que apontava 80 tiros, mas número aumentou após novas perícias

    Evaldo Rosa Santos (Foto: Reprodução)
    Guilherme Paladino avatar
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    247 - A família do músico Evaldo Rosa dos Santos, que morreu após ter sido atingido por disparos de oficiais do Exército em 2019, receberá uma indenização substancial após um acordo celebrado com a Advocacia-Geral da União (AGU), informa o portal UOL. O acordo determina que a família receberá a quantia de R$ 2 milhões em reparação pela morte do músico.

    Em um fatídico acontecimento que chocou a nação, em abril de 2019, conhecido como o 'caso dos 80 tiros', o veículo conduzido por Evaldo foi alvo de dezenas de tiros disparados por oficiais do Exército durante uma operação na Estrada do Camboatá, em Guadalupe, Zona Norte do Rio de Janeiro. Além de Evaldo, o catador de materiais recicláveis Luciano Macedo também perdeu a vida ao tentar auxiliar a família do músico. Sérgio Gonçalves, sogro de Evaldo, ficou ferido no incidente.

    O acordo estipula que a indenização será destinada ao filho, esposa, pai e irmãos do músico. Além disso, foi acordado o pagamento de uma pensão mensal equivalente a um salário mínimo e meio para cada um dos familiares. No dia da tragédia, os soldados do Exército dispararam um total de 257 balas de fuzil e pistola, das quais 62 atingiram o veículo da família de Evaldo, e outras nove atingiram fatalmente o músico.

    A Advogada da União Débora Lerner, coordenadora-regional de Negociação da União da 2ª Região, destacou a importância do acordo: "O acordo representa um importante passo para a promoção da justiça, bem como para a consolidação de valores democráticos e de respeito aos direitos humanos."

    Vale lembrar que, em relação ao catador de latas, Luciano Macedo, em abril deste ano, a sua família também chegou a um acordo com as autoridades, resultando no pagamento de R$ 841 mil em indenização. Deste montante, R$ 493 mil foram destinados à mãe de Luciano, R$ 123,2 mil para cada uma das irmãs do catador e R$ 21,7 mil referentes a atrasados da pensão mensal vitalícia no valor de 1/3 do salário mínimo pago à mãe da vítima. Adicionalmente, R$ 3,5 mil foram destinados para ressarcir despesas com funerárias e sepultamento, além de R$ 76,4 mil em honorários.

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