"Foi um erro", diz Paes sobre nomeação de Chiquinho Brazão para secretaria municipal
Apontado como um dos supostos mandantes da morte de Marielle Franco, o deputado federal Chiquinho Brazão comandou a Secretaria Especial de Ação Comunitária do Rio até fevereiro
247 - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ),se pronunciou pela primeira vez desde a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, ocorrida no último domingo (24), em uma operação da Polícia Federal. Brazão foipreso sob a suspeita de ser um dos dupostos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ). Ele havia sido nomeado para comandar a Secretaria Especial de Ação Comunitária (Seac) do município do Rio, em outubro de 2023, e foi exonerado em fevereiro deste ano. Segundo o prefeito, a nomeação do parlamentar para o cargo foi “um erro”.
“Foi um erro da minha parte colocar no governo uma pessoa que tinha suspeita no caso. É óbvio que posso aqui ter todas as desculpas do mundo, foram seis anos (de investigação) e todo mundo já tinha sido acusado de tudo, mas errei. O mais importante quando se erra é consertar o erro. Já tinha pedido que ele fosse retirado da secretaria, quando começaram a surgir os boatos. E a gente entende que os quadros que tínhamos do Republicanos aqui não eram adequados. Queremos alianças, mas as alianças têm que ter um limite. E quando digo que errei, acho que fiz uma avaliação equivocada de que não tinha esse risco. A gente governa a cidade com os melhores quadros e meu governo vai continuar dando demonstração de que não tem conivência com nenhum tipo de irregularidade”, disse Paes, de acordo com o jornal O Globo.
A indicação de Chiquinho Brazão como secretário municipal foi parte de um acordo político entre Paes e o partido Republicanos, visando apoio nas eleições municipais. Brazão, que integrava o União Brazão, é próximo da ala liderada pelo presidente estadual do Republicanos, o prefeito de Belford Roxo, Waguinho, que gradualmente migrou para a sigla. Após ter seu nome envolvido em uma delação premiada sobre o caso Marielle, o parlamentar pediu exoneração do cargo. O União Brasil também expulsou Brazão dos quadros do partido logo após ele ter sido preso pela PF.
Na época da nomeação de Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), já estava sob investigação no caso Marielle Franco. A cerimônia de posse ocorreu dois dias após a divulgação de que o caso havia sido remetido pela Justiça estadual do Rio para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), devido a indícios de envolvimento de Domingos, que possui foro privilegiado como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
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