Freixo diz que vai à PGR contra o governo: 'Bolsonaro usa a Abin de forma criminosa para tentar salvar o filho da cadeia'
"Estou acionando a PGR para investigar o uso da Abin pelo governo Bolsonaro para defender Flávio e tentar anular o inquérito do caso Queiroz", afirmou o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ). Bolsonaro, disse o parlamentar, "utiliza a Abin de forma criminosa para tentar salvar o filho da cadeia"
247 - O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) anunciou que vai acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o governo Jair Bolsonaro, após a informação de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu dois relatórios para ajudar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) a pedir ao Judiciário a anulação do caso Fabrício Queiroz, envolvido em esquemas de lavagem de dinheiro quando era assessor do parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
"Estou acionando a PGR para investigar o uso da Abin pelo governo Bolsonaro p/ defender Flávio e tentar anular o inquérito do caso Queiroz", disse o parlamentar no Twitter. "Bolsonaro está usando a Abin para defender criminosos e salvar o filho. Quem defende bandidos?", questionou.
De acordo com o parlamentar, "Bolsonaro deveria usar os poderes que tem para proteger os brasileiros e salvar vidas". "Em vez disso, utiliza a Abin de forma criminosa para tentar salvar o filho da cadeia".
Queiroz foi preso no dia 18 de junho em Atibaia (SP), onde estava escondido em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, então advogado de Flávio - depois ele deixou a defesa do parlamentar.
O ex-assessor é investigado por envolvimento em um esquema de "rachadinha" que ocorria na Assembleia Legislativa do Rio - o filho de Jair Bolsonaro era deputado estadual antes de ser eleito para o Senado.
Segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz fez movimentações financeiras atípicas. Foram R$ 7 milhões de 2014 a 2017, apontaram cálculos do órgão.
De acordo com extratos bancários de Queiroz, o ex-assessor também depositou 21 cheques na conta de Michelle, entre 2011 a 2016, totalizando R$ 72 mil. Márcia Aguiar depositou outros seis, totalizando R$ 17 mil.
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