Gabriel Monteiro é denunciado pelo Ministério Público por tortura contra caminhoneiro no RJ
MPRJ quer a identificação e o depoimento de todos os envolvidos na ocorrência, incluindo uma testemunha citada pela vítima e dos policiais militares que atuaram no caso
Brasil de Fato - Um pedido de abertura de inquérito foi feito pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) à Justiça com o objetivo de investigar se o ex-vereador Gabriel Monteiro e a equipe dele cometeram crime de tortura contra um caminhoneiro, em agosto de 2021.
De acordo com informações do portal G1, na época, Carlos Henrique Santos Araújo contou à polícia que foi ameaçado e agredido com socos e chutes, em Copacabana, na zona Sul do Rio.
Segundo a reportagem, Gabriel Monteiro alegou que foi até o local checar uma denúncia sobre um bingo clandestino e que o caminhoneiro estava com máquinas caça-níqueis. Em depoimento, o então vereador disse que foi ameaçado e agredido pelo motorista.
O caso era tratado como lesão corporal e estava no Juizado Especial Criminal, mas a promotora Márcia Piatigorsky teve outro entendimento, como revela trecho do texto da denúncia, apresentado na reportagem:
"Ao longo dos agressões físicas direcionadas a CARLOS, ouvia-se dos homens 'FALA O NOME, SENÃO A GENTE COLOCA VOCÊ NA MALA', de modo que fica evidente que o animus da conduta dos agentes não era o de lesionar, mas o de obter informações da vítima, de modo que as agressões figuraram como o meio, e não o fim, para a obtenção da informação pretendida pelo grupo em questão”.
Na semana passada, o novo promotor do caso pediu investigações complementares e a abertura de um inquérito pela Delegacia de Copacabana. Entre as novas diligências, o MPRJ quer a identificação e o depoimento de todos os envolvidos na ocorrência, incluindo uma testemunha citada pela vítima e os policiais militares acionados durante a confusão.
Gabriel Monteiro foi preso em novembro do ano passado acusado de estuprar uma vendedora. De acordo com o Ministério Público, ele forçou a jovem a manter relações com ele após a inauguração de uma casa noturna, em 15 de julho do ano passado, na Barra da Tijuca.
Nesse processo, Gabriel teve a prisão preventiva decretada no início de novembro do ano passado. Ele está custodiado na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, conhecida como Bangu 8, no Complexo de Gericinó. O ex-vereador teve o mandato cassado em agosto. Ele também responde a processos referentes a acusações de assédio a ex-assessores.
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