Homologação da delação pelo STJ indica que mandante do assassinato de Marielle tem foro privilegiado
A homologação da delação do ex-PM Ronie Lessa está na mesa do ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça
247 - A aguardada delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que vitimaram a vereadora Marielle Franco (Psol), poderá finalmente revelar quem mandou matar a parlamentar há quase seis anos. O ex-PM Lessa, que já estava sendo investigado pela Polícia Federal desde fevereiro do ano passado, concordou em revelar o mandante do crime em troca de benefícios legais. A delação encontra-se no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que indica que a pessoa por trás da execução de Marielle possui foro por prerrogativa de função, informa o jornal O Globo.
Faltando menos de dois meses para o triste aniversário do crime, ocorrido em 14 de março de 2018, a expectativa é que as informações fornecidas por Lessa possam finalmente concluir o caso. Contudo, a confirmação dessas informações está nas mãos dos agentes federais do Grupo Especial de Investigações Sensíveis (Gise), especializado na elucidação de casos complexos, como o assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
Também em delação, Élcio de Queiroz, outro ex-PM envolvido no caso, admitiu ter dirigido o carro utilizado na emboscada à vereadora. Élcio mencionou o nome do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão em seu acordo de delação, levantando a possibilidade de que Ronnie Lessa também possa ter implicado Brazão. Ele tem foro privilegiado. A delação de Lessa está na mesa do ministro Raul Araújo, do STJ.
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