Jean Wyllys lembra que Marielle foi morta sob a intervenção militar comandada pelo general Braga Netto, no Rio
Segundo ele, o assassinato da vereadora pode ter sido uma resposta da milícia à intervenção
Por Jean Wyllys, em seu X – Que não se perca de vista: Marielle Franco e Anderson Gomes foram executados SOB A INTERVENÇÃO MILITAR na Segurança Pública do Rio, comandada pelo general Braga Netto, a pedido do golpista Michel Temer com objetivo de aumentar sua popularidade por meio do tema da segurança pública (tema caro aos políticos da milícia).
Esta intervenção militar eleitoreira num narco-estado como o Rio seguramente foi lida pelas milícias (as máfias) e seu candidato a presidente COMO UMA AFRONTA por parte do presidente golpista.
A milícia decidiu responder à afronta matando um dos nossos, aquela sob a qual não pesava nenhuma ameaça; aquela que não precisava se proteger; aquela que, em seu raciocínio torto racista e misógino, daria menos problema, mas serviria de recado.
Portanto, as investigações sobre os assassinatos políticos não podem prescindir deste contexto. A execução de Marielle Franco foi uma demonstração de força na disputa pré-eleitoral entre os golpistas de 2016. Qualquer delação de assassinos envolvidos nela deve ser lida à luz desse contexto. O assassinato de Marielle Franco não foi um mero ato de vingança pessoal. Isto já sabíamos desde 2018.
PS: Braga Netto tornou-se chefe da Casa Civil de quem se elegeu em 2018.
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