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    Madalena, resgatada de cativeiro, era tratada como escrava por professor universitário, que roubava sua pensão

    Mulher, que foi liberta de cativeiro aos 46 anos de idade, era prisioneira de um professor universitário, que a explorava e ainda roubava sua pensão

    Madalena e Dalton Rigueira (Foto: Reprodução)

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    247 - O Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal libertaram no último dia 28 de novembro Madalena Gordiano, de 46 anos, que vivia há 38 em situação análoga à escravidão, em um apartamento localizado no centro de Patos de Minas, Minas Gerais. A história comovente foi ao ar no programa Fantástico deste domingo (20). 

    A história ganha ares ainda mais cruéis com a informação publicada no jornal Tribuna de Minas, que aponta um professor universitário como o homem que mantinha a mulher como escrava, em sua residência. 

    Madalena foi morar ainda criança na casa  da professora Maria das Graças Milagres Rigueira que passou a escravizá-la. Como seu marido não gostava da criança, a educadora resolveu “doá-la” para Dalton Cesar Milagres Rigueira, também professor universitário.

    A reportagem acrescenta que, na nova casa, nada mudou. Trabalho sem folga, de segunda a segunda, começando, normalmente às 4h da manhã, segundo relato de vizinhos.

    Em depoimento à polícia, Dalton Rigueira disse que foi ela quem optou por largar os estudos e que ele não a incentivava a retornar porque “acredita que ela não se beneficiaria de receber educação”.

    Ela vivia num cômodo do apartamento, sem ventilação ou janela. 

    Segundo a reportagem, Madalena se casou em 2001 com um tio de Valdilene Rigueira, esposa de Dalton Rigueira. Mas eles não chegaram a morar juntos. Ele era ex-combatente e deixou pensões para Madalena de, aproximadamente, R$ 8 mil.

    Ela conta que ia ao banco com Dalton para sacar o dinheiro, mas que o “patrão” ficava com quase tudo. “Ele me dava duzentos, trezentos reais”.

    A situação de Madalena só veio à tona quando ela começou a enviar bilhetes aos vizinhos em pedaços de guardanapo e folhas de caderno, pedindo pequenas quantias em dinheiro e produtos básicos de higiene pessoal. “Me empresta um sabonete para tomar banho. Você recebe minha oração. Madalena”, dizia um dos bilhetes.

    Agora, Madalena tenta se adaptar à nova vida e fazer coisas simples, como ir ao parque e irá participar de uma video-chamada com as irmãs. 

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