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    Material didático do governo Tarcísio tem erros de informação, ortografia e ‘copia e cola’

    “O material é raso, superficial, enfadonho e prejudicial”, diz a Associação Brasileira de Autores de Livros Educativos

    Renato Feder (à esq.) e Tarcísio de Freitas (Foto: Flávio Florido/Seduc-SP)

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    247 - Uma análise realizada pela Associação Brasileira de Autores de Livros Educativos (Abrale) apontou uma série de problemas nos slides utilizados nas escolas estaduais de São Paulo. Os materiais, que fazem parte da proposta do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para um ensino 100% digital, apresentam erros de português, informações incorretas e falta de aprofundamento em diversos conteúdos. A avaliação da entidade, segundo o UOL, é de que os slides do governo Tarcísio seriam reprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do governo federal.

    Ainda conforme a reportagem, os slides destinados a turmas de 6º ano do Ensino Fundamental foram submetidos a uma análise durante um mês. Entre os problemas identificados estão erros gramaticais, como "o pedaço de carne caíram [sic] na água", falta de clareza na explicação de conceitos, como o uso da charge, e deficiências na abordagem de temas, prejudicando a formação dos alunos. >>> Governo Tarcísio quer culpar professores por erro em material didático, denuncia Bebel

    "O material é raso, superficial, enfadonho e prejudicial à formação da cidadania, por não fornecer textos, contextos e argumentos extraídos do mundo real -- e, quando lá estão, o uso é insatisfatório", diz a associação.

    A Abrale também identificou casos em que os slides copiam textos na íntegra de outros sites e artigos, sem dar os devidos créditos. Problemas em materiais de geografia foram apontados, incluindo a falta de títulos em mapas, contrariando a própria afirmação da importância de incluí-los. >>> Material didático produzido pela gestão Tarcísio diz que capital de SP tem praia e que Dom Pedro II assinou Lei Áurea

    "Essa análise amostral dos slides do 6º ano não é pontual, nem descontextualizada. A Seduc São Paulo já foi um exemplo para o país e hoje apresenta isso aos seus alunos", diz Marcia Cecilia Condeixa, da Abrale. Os problemas nos slides ganharam notoriedade após especialistas e professores criticarem a decisão do governo paulista de recusar os livros do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). >>> Além de defender chacinas, Tarcísio decide tirar livros das escolas de São Paulo

    Os erros encontrados não se limitam apenas a uma disciplina, abrangendo diversas áreas do conhecimento. A Abrale destaca que, isoladamente, algumas falhas podem parecer de pouca relevância, mas, quando consideradas em conjunto, formam uma série de equívocos no ensino. 

    Em outro exemplo, o conteúdo proveniente da Secretaria de Estado de Educação, dirigida por Renato Feder, afirma erroneamente que foi Dom Pedro 2º, e não sua filha, a Princesa Isabel, quem assinou a Lei Áurea em 1888. A informação equivocada sobre a Lei Áurea está presente nos slides de história produzidos para os estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental. 

    Em nota, a Secretaria de Educação afirmou que “a coordenadoria pedagógica da instituição vai reforçar a equipe de revisão para que haja aprimoramentos constantes nos recursos didáticos, sempre em total harmonia com o Currículo Paulista”. 

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