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    Ministério Público diz que porteiro mentiu sobre suspeito da morte de Marielle citar Bolsonaro

    Promotora Simone Sibilio, do MP-RJ, afirmou que a investigação teve acesso à planilha da portaria do condomínio e às gravações do interfone e que "restou comprovado" que o porteiro interfonou para a casa 65 e que a entrada de Élcio Vieira de Queiroz foi autorizada por Ronnie Lessa

    247 - A promotora Simone Sibilio, do Ministério Público do Rio de Janeiro, afirmou na tarde desta quarta-feira (30) que o porteiro mentiu ao dizer que o ex-policial militar Élcio Queiroz, suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco, disse na portaria do condomínio que iria à casa de Jair Bolsonaro, na época deputado federal.

    Em entrevista a jornalistas, a promotora Simone Sibilio afirmou que a investigação teve acesso à planilha da portaria do condomínio e às gravações do interfone e que "restou comprovado" que o porteiro interfonou para a casa 65 e que a entrada de Élcio foi autorizada por Ronnie Lessa, com quem se encontrou. 

    A promotora disse também que o porteiro pode ter anotado que Élcio foi para a casa de Bolsonaro por vários motivos e que eles serão apurados. "Todas as pessoas que prestam falso testemunho podem ser processadas", disse a promotora Sibilio, segundo informações da Folha de S. Paulo. Ela disse que o depoimento dele não bate com a prova técnica, que comprovou que é a voz de Ronnie Lessa que autoriza a entrada de Élcio Queiroz às 17h07.

    Reportagem do Jornal Nacional desta terça-feira (29) teve como base depoimento de um porteiro do condomínio onde o presidente tem casa no Rio. Segundo essa reportagem, no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco, o ex-policial militar Élcio Queiroz, suspeito de envolvimento na morte, disse na portaria do condomínio que iria à casa de Bolsonaro, na época deputado federal.

    Nesta quarta-feira, o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, publicou vídeo, segundo ele gravado na administração do condomínio, no qual apresenta dados conflitantes com os apresentados na reportagem da Globo. 

    Por volta das 17h de 14 de março de 2018, data do assassinato de Marielle, foi feita uma solicitação de entrada, por uma pessoa de nome Élcio, mas para a casa de Ronnie Lessa, e não para a de Bolsonaro. No vídeo, Carlos reproduz a ligação registrada às 17h13. O porteiro anuncia a chegada do "senhor Élcio". A voz do outro lado, diferente da de Jair Bolsonaro, responde: "Tá, pode liberar aí"(leia mais no Brasil 247) .

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