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    Mortes causadas pela PM de São Paulo aumentam 60% com Tarcísio e Derrite

    Os números também representaram alta de 86% em comparação com 2022, último ano de governo de João Doria e Rodrigo Garcia

    Capitão Derrite (à esq.) e Tarcísio de Freitas (Foto: ABR)

    Brasil de Fato | São Paulo (SP) - Sob o comando do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a Polícia Militar de São Paulo soma 737 assassinatos em 2024. Os dados são do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público (Gaesp-MPSP) e consideram as mortes cometidas por policiais militares em serviço e de folga.

    O número é 60,2% maior do que o registrado no ano anterior, 2023, o primeiro ano do mandato de Tarcísio, e 86% a mais do que o contabilizado em 2022, último ano de governo de João Doria e Rodrigo Garcia, ambos do PSDB, quando 396 foram mortos por policiais.

    Os números da Secretaria de Segurança Pública (SSP), comandada por Guilherme Derrite, ainda que com dados apenas até o terceiro trimestre de 2024, apontam na mesma direção.

    Em 2023, primeiro ano da dupla Tarcísio e Derrite, houve um aumento de 19% em relação ao ano anterior, saindo de 384 mortes para 457. Até o terceiro trimestre do ano passado, a polícia militar paulista matou 552 pessoas, um crescimento de 62% em relação ao mesmo período de 2023.

    Uma dessas mortes foi a de Ryan da Silva Andrade Santos, de 4 anos, em Santos, no litoral de São Paulo. O menino morreu no começo de novembro. Poucos dias depois, Derrite defendeu os policiais envolvidos na ação policial que culminou na morte da criança. "Isso só aconteceu infelizmente porque os policiais foram agredidos a tiros. Não era uma operação que estava acontecendo, tem que contextualizar isso", disse o secretário.

    Ryan estava brincando em frente à casa de uma prima quando foi atingido por uma bala no abdômen, que segundo o próprio porta-voz da PM "provavelmente partiu de um policial militar". Um jovem de 17 anos também foi baleado e veio à óbito.

    Na ocasião, a SSP disse, em nota, que a morte de Ryan ocorreu durante um confronto entre criminosos e policiais militares. Segundo o órgão, os agentes faziam patrulhamento em uma área de tráfico de drogas quando foram atacados "por um grupo de aproximadamente 10 criminosos".

    Outra vítima que se soma às estatísticas é Gabriel Renan da Silva Soares, executado pelas costas pelo policial militar Vinícius de Lima Britto em 3 de novembro, no estacionamento de uma loja da Oxxo, na zona sul de São Paulo.

    Gabriel tentou furtar produtos de limpeza e foi morto com pelo menos oito perfurações de bala pelo policial, que estava de folga. Com a vítima, foram encontrados apenas um cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), dois pedaços de papel, uma nota de dólar e duas fotografias.

    Em nota, a SSP afirmou que “todos os casos desta natureza são rigorosamente investigados pelas polícias Civil e Militar, com acompanhamento das corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário. Os cursos ao efetivo são constantemente atualizados e comissões direcionadas à análise dos procedimentos revisam e aprimoram os treinamentos, bem como as estruturas investigativas, visando à redução da letalidade policial”.

    “Em paralelo, a pasta mantém suas corregedorias bem estruturadas e atuantes para registrar e apurar qualquer desvio de conduta, aplicando as devidas punições aos agentes. Desde o início do ano passado, mais de 280 policiais foram demitidos e expulsos, enquanto um total de 414 agentes foram presos, mostrando o compromisso da SSP em não compactuar com os profissionais que violam as regras das suas respectivas instituições, cuja função primordial é a de proteger e zelar pela segurança da população”, conclui.

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