MP denuncia segurança da Zara por racismo e pede que loja suspenda atividades por três meses
O promotor Alexandre Themístocles afirmou que a iniciativa do segurança não tem "justificativa plausível"
247 - O Ministério Público do estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou um segurança da loja Zara por racismo. Segundo as acusações, ele impediu um negro de sair da loja sem mostrar onde estavam peças de roupa que o cliente havia desistido de comprar. A vítima foi o jogador de futebol Guilherme Quintino, do Volta Redonda. O MP pediu que a unidade da Zara tenha atividade suspensa por três meses. O local onde o episódio ocorreu fica no Barra Shopping, na zona oeste do município do Rio de Janeiro (RJ).
O promotor Alexandre Themístocles afirmou que a iniciativa do segurança não tem "justificativa plausível". O relato foi publicado nesta sexta-feira (24) no portal Uol. "Ao se voltar contra pessoa de raça negra, sem qualquer justificativa plausível, dando-lhe tratamento constrangedor e humilhante, e que certamente não se dispensaria a outras pessoas, o denunciado impôs ao consumidor negro restrições de locomoção e exigências desarrazoadas, com potencial de causar-lhe odiosa inferiorização e perversa estigmatização", escreveu.
A Zara disse que colabora com autoridades que investigam o caso. "A companhia não tolera nenhuma forma de discriminação e reforça que trabalha permanentemente em ações educativas vinculadas ao estrito cumprimento de seu Código de Ética e Conduta e sua Política de Diversidade e Inclusão, que também são aplicáveis aos profissionais terceirizados com os quais trabalha", afirmou a empresa, em nota.
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