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Na Cidade de Deus, PM reprime com truculência manifestação contra morte de adolescente (vídeos)

Policiais usaram spray de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes, provocando tumulto e correria entre os moradores

(Foto: Reprodução/Voz das Comunidades )

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247 - A Polícia Militar do Rio Janeiro reprimiu na noite desta segunda-feira (7) uma manifestação de moradores do bairro Cidade de Deus contra o assassinato do adolescente Thiago Menezes Flausino, de apenas 13 anos, em uma operação na madruagada desta segunda-feira (7) no local. Segundo o tio da vítima, Hamilton Bezerra Flausino, Thiago teria sido executado por um policial militar quando já estava caído no chão.

Policiais usaram spray de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes, provocando tumulto e correria entre os moradores. Confira vídeos da manifestação da comunidade e da repressão da polícia Militar. 


 

 

 


De acordo com relatos de moradores, os disparos que vitimaram o jovem foram efetuados por policiais e atingiram o adolescente, que estava em uma motocicleta com outro ocupante. Familiares afirmam que o adolescente era um estudante dedicado, talentoso jogador de futebol e frequentador assíduo de uma igreja local, sem qualquer envolvimento com atividades criminosas.

"Eram duas crianças na moto. Estavam errados por estar na moto, mas não estavam levando perigo para os policiais", lamentou o tio da vítima em entrevista à NGB News. "Acabaram com um sonho. Era uma criança que em qualquer clube que fazia a peneira, passava".

A versão dos policiais difere da narrativa dos moradores. Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Militar, os agentes do Batalhão de Polícia de Choque estavam em patrulhamento quando foram alvo de disparos efetuados por dois homens que estavam em uma motocicleta. Após o confronto, o adolescente foi atingido e não resistiu aos ferimentos.

Cápsulas de munição foram encontradas espalhadas pela estrada Marechal Miguel Salazar, principal via do bairro, onde ocorreu o trágico episódio. O corpo do jovem permaneceu no local até a chegada da perícia, por volta das 3h30, gerando consternação entre familiares e moradores.

O caso despertou revolta nas redes sociais, onde vídeos mostram moradores em prantos e desespero ao perceberem que o adolescente havia sido atingido. A família e a comunidade exigem respostas e justiça diante dessa perda irreparável.

Este não é um caso isolado na cidade. Na madrugada do mesmo domingo, outro jovem foi morto em uma ação policial na saída de um baile funk no morro do Santo Amaro, no Catete, zona sul do Rio de Janeiro. A violência policial é uma preocupação crescente na cidade, gerando clamores por mudanças no sistema de segurança e por uma abordagem mais sensível e responsável por parte das autoridades.

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