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    "Nada de mais", diz Tarcísio sobre estadia de Bolsonaro em embaixada da Hungria

    Ex-mandatário ficou dois dias na embaixada húngara, em Brasília, após ter o passaporte apreendido pela Polícia Federal

    Tarcísio Freitas e Bolsonaro (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)

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    247 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse não ver “nada de mais” no fato de Jair Bolsonaro (PL) ter se hospedado por dois dias na embaixada da Hungria, em Brasília, quatro dias após a Polícia Federal (PF) ter apreendido o passaporte do ex-mandatário, em fevereiro deste ano. 

    A declaração lacônica foi feita nesta quarta-feira (27), durante o lançamento de um concurso nacional de arquitetura para o projeto do novo centro administrativo do estado, localizado no bairro dos Campos Elíseos, no centro da cidade, após a Folha de S. Paulo questionar o governador sobre como ele enxergava a posição do seu padrinho político no caso. 

    A permanência de Bolsonaro na embaixada da Hungria resultou na abertura de uma investigação pela Polícia Federal. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 48 horas para que o ex-mandatário explicasse sua estadia no local entre os dias 12 e 14 de fevereiro, após ter seu passaporte retido pela PF. O prazo expira nesta quarta-feira. 

    O gesto de Bolsonaro em se hospedar na embaixada da Hungria foi interpretado como uma possível interferência do governo húngaro, liderado pelo presidente de extrema direita Viktor Orbán, em assuntos internos do Brasil. A situação provocou desconforto no governo brasileiro, levando o Ministério das Relações Exteriores a convocar o embaixador da Hungria, Miklós Halmai, para prestar esclarecimentos. Caso Bolsonaro permanecesse dentro da missão diplomática, teoricamente estaria protegido pelas convenções diplomáticas e não poderia ser alvo de uma ordem de prisão. 

    Saiba mais - O jornal norte-americano The New York Times revelou que Jair Bolsonaro (PL) buscou refúgio na Embaixada da Hungria no Brasil durante o Carnaval, temendo ser preso em decorrência das investigações que pesam contra ele, desde tentar um golpe de Estado até falsificar certificados de vacinação. Bolsonaro teve seu passaporte confiscado pela Polícia Federal em 8 de fevereiro, no âmbito das investigações sobre uma trama golpista. Quatro dias depois, na noite de 12 de fevereiro, Bolsonaro foi filmado entrando na Embaixada da Hungria, onde permaneceu até o dia 14.

    Bolsonaro esteve na companhia de seguranças e foi recebido pelo embaixador húngaro e sua equipe. A estadia de Bolsonaro na embaixada sugere uma tentativa de utilizar sua conexão com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, um líder de extrema direita, como um meio de escapar da Justiça. Uma vez na embaixada, o ex-mandatário não poderia ser preso pelas autoridades brasileiras. A proximidade entre Bolsonaro e Orban tem sido evidente ao longo dos anos.

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