Niterói tem a primeira unidade hospitalar do Brasil exclusiva para vítimas da pandemia
A Prefeitura de Niterói viabilizou o funcionamento do Centro de cuidados pós-Covid no Hospital Municipal Oceânico, a primeira unidade do Brasil exclusiva para o tratamento de pacientes com a doença
247 - A Prefeitura de Niterói arrendou as instalações de um hospital privado, que estava fechado, para viabilizar o funcionamento do Centro de cuidados pós-Covid no Hospital Municipal Oceânico, a primeira unidade do Brasil exclusiva para o tratamento de pacientes com a doença. Os primeiros pacientes começaram a chegar logo depois de sua inauguração, em abril de 2020, de acordo com o executivo municipal. Em junho a unidade alcançou a marca de duas mil altas de pacientes recuperados da Covid-19 desde a abertura. O hospital já registrou 2.318 altas.
"Para algumas pessoas que se contaminaram com a Covid-19, deixar o hospital pode representar o início de uma nova caminhada", afirmou o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira.
De acordo com Rafael Carraro, diretor técnico do Hospital Municipal Oceânico, foi possível "mensurar dentre as pessoas atendidas até o momento no Centro de Reabilitação que, de cada dez, três pacientes precisaram da cardiologia, por alguma condição pós-internação". "No Centro já temos especialistas por demanda e caso a gente perceba a necessidade de uma outra especialidade médica iremos nos adequando. Por ser uma doença recente, inúmeros estudos ainda estão em desenvolvimento e no que tange a reabilitação de sequelas é a mesma coisa", disse.
Após o levantamento e a triagem realizada pelas equipes de saúde, o paciente é encaminhado a primeira consulta no Hospital Municipal Oceânico de Niterói, onde um médico faz a primeira avaliação e encaminha o paciente para uma das especialidades (fisioterapia, fonoaudiologia, assistência social, médica, enfermagem, nutrição, psicologia) que se dividem para atender a demanda de cada paciente.
Segundo a diretora geral do Hospital Oceânico, Gisela Motta, "a equipe do Centro de Reabilitação tenta marcar mais de uma especialidade por dia, para que o paciente – muitas vezes com dificuldade para se deslocar – possa otimizar a sua ida ao Hospital". "Além disso, essa é uma equipe que já vem combatendo o Covid-19 na unidade, por isso já tem conhecimento prático tanto dos pacientes, que a maioria das vezes estiveram internados no Hospital, quanto da doença", disse.
Fadiga, cansaço, dor crônica, fraqueza muscular, limitação respiratória, perda de olfato, paladar, e problemas cardíacos são alguns sintomas que parte dos pacientes que superaram a Covid-19 enfrentam após a alta. Mas uma coisa chamou a atenção da equipe, o número expressivo de problemas cardíacos.
"Por conta da traqueostomia, precisei de atendimento da fonoaudiologia, mas já tive alta", afirmou Lucilene da Cunha Matos, de 41 anos. "Agora tenho feito acompanhamento com a psicologia, enfermagem e fisioterapia. No primeiro circuito que eu tentei fazer, não consegui concluir. Hoje já faço e consigo perceber que minha força muscular está voltando. Cada dia que saio daqui me sinto melhor", contou.
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